quarta-feira, outubro 31, 2007

People - Histórias de Nova York

A estrela em ascensão Maggie Gyllenhaal em Mais estranho que a ficção interpretou a simpática dona de uma confeitaria fiscalizada pela receita federal; neste filme de Danny Leiner, Maggie continua no ramo das guloseimas: é a sisuda Emme, proprietária e "designer" da empresa The Great New Wonderful (o título original do filme), cujo nicho de mercado é projetar e executar a confecção de tortas estilizadas, de vários andares, para fregueses burgueses dispostos a investir uma grana considerável no bolo da festa. Emme comanda a equipe que visita clientes em potencial e mostra o incrível portfólio de bolos exóticos. Em vez de desenvolver as personagens dessa história, Danny Leiner opta por, aparentemente, diluir a "unidade temática" e acompanhar a rotina de outras pessoas, cujo único ponto em comum, aparentemente, é viverem na mesma cidade - Nova York. O filme se passa em setembro de 2002, e o clima na cidade é de reconstrução pelo aniversário dos atentados 11 de setembro. O metódico psicólogo Dr. Trabulous (Tony Shalhoub) tenta fazer vir à tona a raiva contida de um cliente aparentemente bem, mas no fundo perturbado por ter presenciado uma tragédia. Um casal tem problemas com o filho obeso, mimado e violento. Os seguranças Avi e Satish atuam como frilas na salvaguarda de insignificantes chefes de estado que visitam a cidade; entre um trabalho e outro, avaliam suas vidas e conquistas. A grande atriz Olympia Dukakis (Feitiço da lua) interpreta Judy Berman, senhora que não dialoga com o marido e reencontra um amigo de infância. Cinco crônicas de uma cidade que se recupera do choque e reconstrói sua auto-estima, cujas personagens vão se encontrar num momento prosaico. Cabe ao espectador costurar as - aparentemente - desconectadas histórias e descobrir sua "unidade temática".

2 comentários:

  1. Olá, Henrique

    Tudo bem? Estou envolvido na confecção do número zero de um jornal de literatura e arte chamado PortoPoesia. O centro é literatura mesmo, mas vai ter espaço para as outras artes, cinema incluído. Priorizando, nesse caso, pontes entre cinema e literatura, clássicos do cinema, etc. Não haverá colunista, mas rotatividade. A participação de todos é de colaboração. Há um conselho editorial de 11 pessoas, do qual faço parte. O número zero não será impresso, objetiva facilitar a busca de publicidade para imprimir o jornal por 12 meses, mas é um momento onde se vai tomar contato com o texto de diferentes autores.

    Não gostarias de enviar algo teu para o número zero? (até 6 laudas fonte 12 - pode ser mais de uma matéria; vi textos sobre Silvia Plath, Morangos Silvestres, etc. Isso é meio urgente, para formatar o plano piloto, vapt-vupt)

    Pensar com calma num texto para o jornal?

    Abraço grande,

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  2. Thanks for writing this.

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