Ah, as delícias de se morar numa cidade pequena!
Uma delas é ainda ter à disposição uma videolocadora operacionalmente viável e ativa.
A locadora aqui de minha cidade comprou 12 cópias deste filme.
Não me surpreendi bastante ao conseguir locá-lo em plena terça-feira.
Peguei em Blu-ray.
Sou do tipo exigente, quero sempre a melhor qualidade possível.
E os produtores também foram exigentes ao escalar a atriz Brie Larson para o papel.
A ganhadora do Oscar de Melhor Atriz por O quarto de Jack (2015) e estrela de Kong: A Ilha da Caveira dá uma envergadura bastante considerável à personagem.
Desde o começo do filme, somos fisgados pelo mistério que paira sobre a protagonista.
Não somente nesse ponto o roteiro de Anna Boden e Ryan Fleck é bem-sucedido.
Além de criar o interesse sobre o passado de Vers / Carol Danvers, a história ajuda a refletir sobre minorias estigmatizadas, um problema bastante terrestre, abordado de forma metafórica com a trágica história de povos de outras galáxias.
Acredito que esse fato não é coincidência, considerando o histórico de filmes anteriores da dupla de roteiristas/diretores Anna Boden e Ryan Fleck.
Os dois têm uma carreira bastante consistente de filmes fora do mainstream, com presença em festivais como Sundance.
Half Nelson (2006), estreia da dupla em longas-metragens, rendeu a Ryan Gosling uma indicação ao Oscar.
Então, eis que uma das histórias mais interessantes de Capitã Marvel está nos bastidores e mostra que o talento quase sempre é premiado na indústria do cinema, como mostra a meteórica trajetória da dupla que dirigiu o filme.
A amizade entre Carol Danvers e Maria Rambeau é importante na trama, mas a surpresa do filme é a dobradinha com Nick Fury.
Em Capitã Marvel, Samuel L. Jackson não é apenas um cara que aparece em cinco minutos do filme.
Ele contracena com Brie Larson boa parte do tempo, e sua atuação bastante sólida de coadjuvante é um dos trunfos do filme.
Ao criar uma empatia bastante irresistível entre Nick Fury e Capitã Marvel, o roteiro pavimenta o caminho para atingir o coração do público.
Puxa, acabo de notar que estou usando bastante uma palavra neste texto.
Seja como for, Capitã Marvel é um filme bastante satisfatório.
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