Antes de falar sobre Hairspray (2007), umas palavras sobre o autor do 'source material': John Waters. Diretor fora do mainstream, na década de 70 especializou-se em filmes escatológicos estrelados pela travesti Divine, como o célebre Pink Flamingos (1972). Suas películas mais recentes são Cry Baby (1990), com Johnny Depp, Serial Mom (Mamãe é de morte, com Kathlen Turner, 1994) e A Dirty Shame (2004). O Hairspray original é de 1988, com Divine fazendo o papel de Edna Turnblad. Na nova versão, dirigida por Adam Shankman, Edna é interpretada por John Travolta.
Para Tracy Turnblad (Nicole Blonsky), o amanhecer é motivo de alegria em Baltimore. Sua vida é freqüentar o colégio e assistir ao "Corny Collins Show", em que vários dançarinos se apresentam. O sonho de Tracy é um dia participar do programa. O único problema é que... bem, o único problema é que Tracy é filha de Edna, e herdou da mãe, senão a altura, a sua, vamos dizer... fofura. Mas Tracy não é uma fofinha 'recalcada', muito antes pelo contrário: adora dançar e não tem vergonha de suas formas convexas. Quando uma dançarina do Collins Show precisa ser substituída devido à gravidez, abre uma vaga e Tracy tenta a sua sorte, junto com a amiga Penny Pingleton (Amanda Bynes). John Travolta e Christopher Walken estão hilários como Edna e Wilbur Turnblad, os pais de Tracy. O elenco de apoio é forte: Queen Latifah (a líder comunitária Motormouth Maybelle, que defende a integração racial), Michelle Pfeiffer (a produtora maquiavélica Velma von Tussle) e James Marsden (o engomado apresentador Corny Collins). Por sua vez, a estreante Nicole Blonsky não decepciona no papel de Tracy. Boa diversão, respeitando a tradição dos musicais norte-americanos.
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