sábado, dezembro 07, 2019

Perdi meu corpo






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 Naofel trabalha como entregador de pizzas, e um dia se apaixona por uma voz no interfone. Explico.

Ao tentar entregar a pizza, a moça que havia encomendado entabula uma conversação bizarra com ele, uma conversa daquelas que a gente só tem com uma alma gêmea...

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A partir daí o jovem (cujo passado é contado em flashbacks) tenta tomar as rédeas de seu destino.

Essa é uma das linhas do tempo desta animação repleta de ternura, de uma sensação de incompletude, de busca de uma felicidade sempre tão difícil de alcançar.

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A outra traz o ponto de vista da mão direita de Naofel, que foi excisada do braço, de um modo que não posso contar, pois seria spoiler.

A mão ceifada parte numa busca incessante em busca do corpo do qual foi apartada.

Esta jornada é alternada com cenas da "memória afetiva" da mão, que tem uma belezinha entre os dedos.


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As teclas de um piano. A areia fininha e quente da praia. A tinta fresca de uma superfície de madeira. O botão "REC" de um gravador.

Tudo isso é revivido e mostrado enquanto a mão enfrenta perigos como aves, ratos, formigas, cães e outros incontáveis obstáculos.

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O roteiro é de Guillaume Laurant, que também assinou o texto de um dos maiores cults do cinema (O fabuloso destino de Amèlie Poulain).

O argumento denso, a certeira direção de Jérémy Clapin e a atmosférica trilha sonora de Dan Levy nos deixam meio anestesiados (ou inebriados) por uma gama de sensações.
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Tanto isso é verdade que vou concluir este post com um comentário de meu filho de 7 anos, que assistiu ao filme comigo. Na hora em que flocos de neve começam a cair devagarinho, ele disse:

"Pai, está nevando sentimentos". 





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