sábado, junho 25, 2022

Olha quem está falando

 


O que acontece quando um pai cinéfilo resolve "escolher" o filme na Netflix? Um verdadeiro caos doméstico, um pastelão nas telas e em casa.

A mulher saiu da sala sob protestos (absurdos, no meu ponto de vista) de que a película escolhida seria "machista".

O filho adolescente mostrou indiferença e deu uma espiada em momentos chave, sempre fazendo questão de tecer comentários sobre a falta de fundamentação científica de toda aquela premissa (como que o bebê podia "pensar" palavras que sequer havia aprendido?).

A salvação foi o meu preá.

Leia-se, "Pre-Adolescente".


O garoto de dez anos ficou com os olhos grudados na tela e adivinhou o final logo nos primeiros minutos do filme, assistido em sua versão dublada, é claro. E a dublagem brasileira é muito bem-feita, obrigado, ao contrário do que pensam os arrogantes cinéfilos que "só assistem a filmes legendados".

"Ela vai ficar com o James", vaticinou o Antônio.


 Ela, no caso, é Molly (Kirstie Alley), e James é ele (John Travolta).

Na verdade, Olha quem está falando (1989), o filme dirigido e escrito por Amy Heckerling, tem uma crítica bem-humorada aos homens machistas (simbolizado pelo boçal Albert, o pai biológico do menino Mikey).

As cenas do táxi em disparada no começo e no fim do filme estão entre as menos verossímeis e mais divertidas da história do cinema. 

Em suma, o que na minha cabeça otimista era pra ser uma harmoniosa sessão "para toda a família" acabou sendo isso que foi descrito aí em cima. Antônio salvou meu dia!




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