Filme que deveria ser passado no primeiro semestre de Jornalismo.
Billy Wilder dirige Kirk Douglas num papel de um repórter sem escrúpulos, Chuck Tatum.
Ele é obrigado a sair dos grandes centros e busca refúgio num jornal do interior.
Quando surge a oportunidade de fazer uma grande cobertura de um fato digno de nota, um homem preso numa mina de uma montanha chamada pelos índios d' A Montanha dos 7 abutres, Tatum a agarra com a mesma avidez que aves necrófagas consomem uma carcaça.
Leo Minosa (Richard Benedict) acredita que tudo é culpa dos espíritos que não gostavam de suas pilhagens de artefatos, que ele vendia em seu estabelecimento jogado às moscas.
Mas com a publicidade que os artigos de Tatum trazem ao acontecimento, tudo vai mudar.
O título brasileiro é evocativo e resume bem a história... Até poderíamos citar quem seriam os 7 abutres no filme.
Uma delas com certeza é Lorraine (Jan Sterling, estupenda), a esposa inconfiável de Leo, que se torna cúmplice de Tatum num plano maquiavélico: retardar o socorro para conseguir mais sensacionalismo, mais atenção midiática.
O segundo título com o qual foi lançado enfatiza o "circo" que é formado. O drama do homem preso na mina se transforma uma "mina" de dinheiro, em que até uma roda-gigante é montada para distrair os visitantes que chegam aos milhares.
Em tempos de fake news, em que a ética e a verdade no jornalismo adquirem cada vez mais importância, assistir a um filme assim nos ajuda a fortalecer o respeito por uma imprensa livre, honesta e isenta.
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