Christopher Nolan despontou com seu segundo filme, Amnésia (Memento), prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Sundance, em 2000. Antes filmara Following (1999). Com forte tendência de focalizar o interesse de seus filmes mais na edição do que em outros fundamentos como algo a contar (faça uma simples experiência: alugue Amnésia e selecione o extra em que o filme passa na ordem cronológica dos eventos), de modo curioso Nolan viu-se alçado à condição cômoda de novo queridinho da crítica. A partir daí, teve carreira meteórica: fez o sonolento Insônia (2002), com cenas patéticas de perseguição protagonizadas por um obeso Robin Williams e um quase ancião Al Pacino. Apesar disso, seus filmes iniciais demonstraram certa originalidade só percebida em cineastas promissores. Mas, tendo apenas 3 filmes no currículo, foi comprado pelo sistema. Escalado para dirigir a nova série de filmes do Batman, passou a dedicar-se quase que exclusivamente à franquia (a exceção foi a pausa para realizar O Grande Truque - The Prestige, 2005, com Hugh Jackman). Então, o que poderia se tornar uma carreira inventiva, inovadora e imaginativa passou a ser mero exercício de competência e aprimoramento.
Em Batman Begins (2005), e também agora com O Cavaleiro das Trevas, Nolan não decepcionou os fãs dos primeiros filmes, além de agradar aos endinheirados produtores que o contrataram. E, é claro, agradou também a crítica. Seria Nolan uma pessoa com o poder de agradar a atenienses e espartanos?
O fato é que o poder corrompe. E no caso de Nolan esse poder aparece em minutos a mais de película. Senão, vejamos:
Following (1999) = 1 hora e 10 minutos;
Memento (2000) = 1 hora e 56 minutos;
Insomnia (2002) = 1 hora e 58 minutos;
Batman Begins (2005) = 2 horas e 20 minutos;
The Prestige (2006) = 2 horas e 15 minutos;
The Dark Knight (2008) = 2 horas e 32 minutos.
Como é fácil de observar, os filmes mais recentes de Nolan tem metragem mais extensa. Tudo isso para dizer que O Cavaleiro das Trevas seria um ótimo filme caso tivesse menos duração.
Se Nolan não tivesse tido a ânsia de contar muitas histórias num filme só, teria realizado um filme melhor - mas ninguém em sã consciência poderia dizer que "não ficou bom". Apenas quero dizer que a parte final é excessiva. Como prova disso, dou o testemunho de ter cochilado na parte daquela função dos barcos.
Quanto à atuação de Heath Ledger, é algo de memorável e surpreendente. Falar mais do que isso seria correr o risco de cometer clichês e ser... excessivo.
Hugh JACKMAN, no Hugh GRANT
ResponderExcluirHUGH JACKMAN
thanks for your kindness and colaboration.
ResponderExcluirlegal o seu blog
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