A cena que antecede os créditos finais é uma demonstração cabal disso. Mas não vou contá-la para não estragar a surpresa. Só vou dizer que Márcio Garcia parafraseia Hitchcock em sua mania de aparecer nos filmes. Quanto à "trama", bem, digamos que não se distingue muito de outras comédias românticas com esse tipo de título. Por sinal, não é o primeiro Amor por acaso (aliás, já existem vários) que aparece nas telas nem será o último. Da mesma forma, o título ianque (Bed & Breakfast) também não é nada original (Roger Moore já protagonizou um filme homônimo em 1992). Como se vê, Márcio Garcia não está preocupado em fazer algo diferente ou com muita identidade própria. O que ele pareceu preocupado em fazer foi filmar rapidinho um roteiro bobinho com algumas personagens engraçadas e umas cenas razoavelmente divertidas. As boas participações de Eric Roberts, na pele de uma personagem surpresa, do ator que faz o advogado da personagem Ana (Juliana Paes) e, principalmente, do labrador Roman, que vive Kevin, o melhor amigo do pobre-menino-em-processo-de-separação Jake (Dean Cain).
Claro que o filme é um prato cheio para ser espinafrado pela crítica oficial e não oficial. Mas não estou aqui para isso. Meu olhar é (quase) sempre condescendente e benevolente. Por isso, procuro analisar o que o filme tem de positivo. A trilha sonora é legalzinha, o inglês da Juliana Paes não é dos piores e até rola uma certa "química" entre o par romântico. Mind you, Marcio Garcia tem futuro como diretor.
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