12 de outubro de 2012. Dia do agrônomo, da criança e da
padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. E de Linkin Park no Gigantinho.
Foto extraída de
http://www.blog-br.com/uploads/a/AdemirPeixoto/122366.png
Desde já, faço um pacto com o leitor.
Este texto não terá adjetivos além dos que Chaz, um dos
vocalistas do Linkin Park, usou para classificar a plateia: amazing, awesome e
wild.
A recíproca vale aqui. O público que lotou o Gigantinho
pensa o mesmo dos seis californianos, atrasos à parte.
Após o show de abertura da Reação em cadeia, um roadie
ameaçou estender, defronte a uma das plataformas com teclados, uma bandeira do
Brasil com o símbolo do Inter no meio.
A tentativa provocou
protestos de parte do público, o que obrigou o técnico a retirá-la. Em seguida
apareceu uma bandeira do Estado do Rio Grande do Sul, para a ovação e, enfim,
unanimidade da plateia, com direito inclusive ao hino do Rio Grande entoado por 15 mil vozes. Um pouco de bairrismo não faz mal a ninguém.
Em seguida um atraso que só aumentou o suspense e a vontade
do público de conferir ao vivo o hibridismo e a inovação dos hits dos cinco
álbuns da banda.
Por mais rótulos que se deem ao “estilo” do grupo, e apesar das
camadas de som que involucram suas canções, o Linkin Park é, antes de tudo, uma
banda pop.
Letras pop. Melodias pop.
Se você considerar que “pop” vem de popular, foi-se ao brejo
minha disposição de poupar adjetivos.
Mas “pop” é o mínimo que se pode dizer desses caras.
Hibridez, inovação, loucura.
Dois vocalistas se
digladiando com precisão e química, uma cozinha (baixo e bateria) que prima pela discrição e pela competência, e um DJ que se apresenta descontraidamente
de... chinelos!
Faltou falar do guitarrista, um pândego que toca de bermuda
e não tá nem aí para se exibir, quem quiser escutar a guitarra sob a massa de
acordes que escute.
O show, ou melhor, a sucessão de sucessos, fez o velho ginásio
trepidar como poucas vezes antes, talvez rivalizando com os 17 mil insanos que
em 1987 impressionaram o The Cure.
Não tem jeito, entra geração sai geração, no sangue de Porto
Alegre (ops, olha mais um adjetivo aí!) pulsa o rock, não importa a jazida, o
filão ou o veio.
O Linkin Park não vai esquecer a noite de 12 de outubro de
2012!
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