
Por exemplo, Edward Norton como um monitor de escoteiros meio atrapalhado, que não consegue controlar os meninos sob seu comando. Ou quem imaginaria ver Bruce Willys encarnando o chefe de polícia de uma ilha quase sem habitantes e nenhuma (até prova em contrário) ação? Harvey Keitel como o chefe maioral dos escoteiros? Bill Murray como um advogado sem perspectivas cuja mulher lhe trai com o chefe da polícia? Frances McDormand como a mulher que trai o marido com o chefe de polícia? Tilda Swinton como a impertinente representante do Serviço Social que deseja a todo pano a custódia do órfão Sam (o novato Jared Gilman), que fugiu com Suzy (a também novata Kara Hayward)?
Essas personagens se movem num cenário belo: uma ilha de New Jersey com poucas estradas e pessoas, mas muitas belezas em termos de história, relevo e vegetação. Ali que está acampando um grupo de escoteiros, até que um deles, o problemático Sam, desaparece. Paralelamente, a primogênita de uma família que habita uma das enseadas da ilha também some. Ambos têm doze anos e passam a ser procurados pelas autoridades.
A partir dessa premissa, Anderson constrói um filme estranho como todos os seus outros filmes, impregnado de uma atmosfera que mescla fábula e realidade de um modo cada vez mais característico. Gostar do cinema de Anderson não é difícil. O difícil é saber descrever o porquê.
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