Zack Snyder é um cineasta que não faz concessões. O mais incrível é que, por méritos de seu incomensurável talento, adquiriu poder na "indústria" a ponto de fazer o que bem entender. É o caso de Sucker Punch, um capricho do realizador de Madrugada dos mortos, 300, Watchmen, A lenda dos guardiões e do vindouro Homem de aço.
Mas, diga-se de passagem, um capricho delicioso. Em primeiro lugar, há um bom tempo um diretor não reunia um elenco tão atraente como Emily Browning (a protagonista Babydoll), Abbie Cornish (Sweet Pea), Jena Malone (Rocket), Vanessa Hudgens (Blondie), Jamie Chung (Amber) e Carla Gugino (Dra. Vera Gorski). Vide as fotos de duas prèmieres no fim deste post.O filme é pura self-indulgence, expressão de difícil tradução, como a do título do filme. Segundo o Merriam Webster, self-indulgence é a "excessive indulgence of one's own appetites and desires". E sucker punch é "a sudden surprise punch". Snyder dá um golpe inesperado naqueles que o pretendiam vê-lo vendendo sua alma e fazendo filmes não alucinados, não darks, não surreais, não imprevisíveis. A seu bel-prazer, lança mão de tudo que a indústria tem de melhor para realizar um filme completamente descartável para quem tem os pés no chão, mas essencial para quem gosta de dar asas à imaginação e ama filmes loucos. O onírico Sucker Punch desde já tem seu lugar garantido, junto com o belga Malpertuis, o recente Ilha do medo de Scorsese e, por que não, A origem de Christopher Nolan, entre os filmes que exploram as tênues linhas entre consciência e sonho, realidade e loucura.
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