O diretor Björn Runge tem uma vasta filmografia em seu idioma natal (o sueco), e The Wife é o seu primeiro trabalho hollywoodiano.
Já rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz para Glen Close.
Por sinal, ela tem boas chances de ganhar o Oscar logo mais.
Mas além da atuação de Glen Close, vale a pena assistir a este aparentemente insosso A esposa?
É uma pergunta difícil de responder.
O roteiro de Jane Anderson, baseado no romance homônimo de Meg Wolitzer, demora um bom tempo para engrenar.
Lá pelos 20 minutos de filme o espectador ainda está se perguntando aonde é que isso vai dar... Parece que em lugar nenhum.
Mas não é que subitamente o filme cresce em interesse?
Para mim isso aconteceu quando as cenas de "flashback" começaram a ser inseridas.
O contexto dos personagens vai sendo apresentado em outras circunstâncias e época.
Aos poucos, a verdade vai sendo revelada e as máscaras vão caindo.
A esposa é um filme sobre até onde pode chegar a lealdade e a vaidade humanas.
Pela direção contida de Runge e pelo intertexto com Colette, ao término do filme fiquei satisfeito com a decisão de ter optado por A esposa.
Mas daí para "indicar" a alguém tem uma grande diferença.
Porém eu arriscaria a fazer uma tímida afirmação.
Se você for uma pessoa que tiver um interesse por literatura e por filmes de ritmo mais lento, com algumas camadas de complexidade, existe uma possibilidade não tão remota de você apreciar A esposa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem-vindo!