Tim Miller estreou como diretor em Deadpool (2016) e agora realiza com Terminator: Dark Fate apenas o seu segundo longa-metragem em live-action.
O sexto filme da franquia não deixa a desejar no quesito "ação de tirar o fôlego".
Do começo ao fim são poucos os minutos em que o/a espectador/a pode respirar fundo, e, mesmo nesses breves instantes, já sabe que dali a pouco uma nova cena de perseguição, lutas e intensa violência vai começar.
A escolha de uma protagonista mexicana foi uma decisão ousada da produção e serviu para "universalizar" mais os sentimentos em relação a Daniela, ou "Dani" para os amigos. Não resta dúvida de que nós, brasileiros, temos mais em comum com o México do que com os EUA. O português é um idioma da mesma família que o espanhol. Nosso sangue é mais latino que saxônico. Assim, esse aspecto do roteiro serviu para aproximar os brasileiros da heroína do filme.
A sequência de perseguição em que o caminhão com lâmina frontal, pilotado por Rev-9 (Gabriel Luna), persegue a caminhonete dirigida por Grace (Mackenzie Davis), a soldado aprimorada enviada para proteger Dani (a atriz colombiana Natalia Reyes), remete à clássica sequência de O exterminador do futuro 2 - o julgamento final, em que o exterminador vivido por Robert Patrick persegue a caminhonete pilotada por T-800 (Arnold Schwarzenegger), levando a bordo Sarah Connor (Linda Hamilton) e John Connor (Edward Furlong).
A propósito, a presença de Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger no novo filme dividiu opiniões. Uns consideraram uma demonstração de que esses icônicos atores não querem "largar o osso". Outros se divertiram e acharam uma participação válida, uma atração a mais para o filme, que culmina com todos reunindo forças para combater o temível e indestrutível Rev-9.
Seja como for, é inegável que os roteiristas souberam utilizar muito bem o carisma de Schwarza, bem como o seu natural pendor para ser discretamente engraçado.
Por sinal, quem quiser conhecer melhor os primórdios da carreira do ator e um pouco do universo do fisiculturismo, vale a pena conferir o documentário "O homem dos músculos de aço", que permite entender melhor a personalidade vibrante e competitiva de Arnie.
No frigir dos ovos, O exterminador do futuro: destino sombrio de Tim Miller oxigena a franquia e permite que Schwarzenegger roube a cena nos breves minutos em que aparece, com sua falas sempre lacônicas, mas significativas. Sua versão humanizada do T-800, na pele de um pai de família e humilde colocador de cortinas, já paga o ingresso.
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