quarta-feira, novembro 19, 2025

Um lobo entre os cisnes é o grande vencedor do Festival Int'l de Cinema de Carazinho

 Em cerimônia encantadora, que contou com a participação da impecável OSINCA - Orquestra Sinfônica de Carazinho, conduzida pelo maestro Fernando Cordella, e apresentações da cultura gaúcha, como a bela interpretação da canção "A delicada" por Júlia Schu, realizada na Bier Site, em Carazinho, na noite do dia 18 de novembro, os premiados do primeiro Festival Internacional de Cinema de Carazinho foram sendo revelados, um a um.

Os anfitriões da noite, o diretor geral do festival, Diego Esteve, e a diretora artística,Yasmin Martins, chamavam ao palco os convidados para apresentar cada prêmio. Em seguida um vídeo com os concorrentes aparecia no telão ondulado.

Foi uma noite primorosa para quem ama o cinema, com destaques para os prêmios de LIFE ACHIEVEMENT concedidos a duas personalidades importantes, diretores de cinema que, cada qual a seu modo especial, foram precursores e revolucionários: Adélia Sampaio, a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, e Jayme Monjardim, que em sua rica filmografia revelou a essência da alma feminina.

Ambos foram ovacionados pelo público presente e aplaudidos de pé.

Outro momento de emoção foi quando o prêmio de Melhor Curta-Metragem foi anunciado. A equipe realizadora do filme Vespas comemorou bastante a conquista e mal cabia em si de contentamento.

A noite foi dominada por dois filmes, Passagrana, com dois Carás de Ouro, e Um lobo entre os cisnes, que abiscoitou nada menos que 5 estatuetas.

A lista dos indicados pode ser conferida aqui.

Abaixo a lista dos principais vencedores:

Melhor Filme: Um lobo entre os cisnes

Melhor Atriz Protagonista: Mel Lisboa, pelo filme Atena

Melhor Ator Protagonista: Matheus Abreu (Um lobo entre os cisnes)

Melhor Atriz Coadjuvante: Julia Lund (Ezequiel & Estevão)

Melhor Ator Coadjuvante: Dario Grandinetti (Um lobo entre os cisnes)

Melhor Direção: Helena Varvaki e Marcos Schechtman (Um lobo entre os cisnes)

Melhor Direção de Fotografia: Carlos André Zalasik (Passagrana)

Melhor Trilha Sonora: Fabio Gois (Passagrana)

Melhor Roteiro: Camila Agustini (Um lobo entre os cisnes)

Melhor Curta-Metragem: Vespas, de Guilherme Fernandes

Melhor Documentário: Travessia, de Karol Felicio.

Melhor Animação: O armário interior (direção de João Mendes Neto e Amalia Brandolff)

Uma noite inesquecível, vida longa ao Festival. Abaixo uma palhinha da OSINCA interpretando o tema do clássico E. T., de John Williams.



Para quem desejar conferir a cerimônia na íntegra, está disponível no YouTube


segunda-feira, novembro 17, 2025

Nosso sonho

 


Concorrendo a seis categorias no Festival de Cinema Internacional de Carazinho, o longa-metragem Nosso sonho, de Eduardo Albergaria, que conta a trajetória da dupla de funk melody Claudinho & Buchecha, teve sua sessão no Cine Lúmine domingo, dia 16 de novembro, às 21 h.

O Festival é um sonho tornado realidade por duas pessoas em destaque nesta reportagem da Rolling Stone.

A sessão seria na Sala 1, mas por motivos técnicos foi realizada na Sala 2.

A lotação para um Festival gratuito, de um filme de alto nível, poderia ser maior. 

Mas considerando que o público carazinhense não sai de casa em dias de chuva, até podemos considerar que foi razoável o número de pessoas presentes.

A nossa família compareceu em peso e gostou muito do filme.

Já temos o nosso preferido para abiscoitar algumas das categorias a que concorre:

Melhor Filme

Melhor Ator (Lucas Penteado, o ator que interpreta o Claudinho)

Melhor Atriz Coadjuvante (Tatiana Tibúrcio, a atriz que interpreta a mãe do Buchecha)

Melhor Roteiro

Melhor Fotografia

Melhor Trilha Sonora

De todas essas categorias, eu diria que o filme tem mais chance de ganhar Melhor Roteiro, pois é bastante feliz em suas escolhas, enfatizando a complexa relação de Buchecha com o pai, e também o uso de palavras difíceis pela dupla em suas letras.

Uma cena é absolutamente hilária, a que os dois entregam um cartão para os caras da Gravadora e ficam esperando o retorno em um orelhão.

Alternando com essas cenas alegres o tom mescla a resistência de dois jovens em busca de seu sonho, com o bordão "Quem tem talento não tem patrão" sendo repetido para acentuar o momento em que Buchecha precisa decidir entre o emprego de office-boy e a carreira artística.

O trabalho de Lucas Penteado, com toda a parte que envolve a pronúncia dos fonemas, particularidade da fala de Claudinho, também mereceria um prêmio.

Melhor Filme, não sei, não consegui assistir aos demais longas que concorrem, mas com certeza se vencer estará em boas mãos, porque é um filme importante sobre a essência da cultura e do povo brasileiros. 




quarta-feira, novembro 12, 2025

Os seus, os meus e os nossos


O saudoso Roger Ebert resenhou este filme em 1968 por ocasião de sua estreia nos cinemas. Foi uma resenha bastante favorável, que atribuiu 3,5 estrelas em 4 possíveis, destacando as atuações de Henry Fonda (nascido em 1905) e Lucille Ball (nascida em 1911), como dois viúvos, o primeiro com 10 filhos e a segunda com 8, que se apaixonam e juntam as duas famílias sob o mesmo teto.

A parte em que os dois estão se conhecendo é muito interessante e divertida, em especial a sequência no restaurante japonês, em que os dois tentam sair com pessoas diferentes, só para descobrir que foram feitos um para o outro.

Tomada a difícil decisão de um segundo matrimônio, a próxima parte do filme aborda as dificuldades logísticas e emocionais que envolvem administrar uma família com 20 integrantes.

Uma surpresa no final é a cereja do bolo para essa comédia clássica, com roteiro bem elaborado e personagens construídos com desenvoltura e naturalidade.

Para quem gostar do original, também existe uma versão de 2005, com Dennis Quaid e Rene Russo nos papéis principais.