O diretor Stephen Hopkins tem no currículo A Hora do Pesadelo 5 (1989), Predador 2 (1990), A Sombra e a Escuridão (1996) e Perdidos no Espaço (1998). De 1999 a 2001, namorou a atriz Naomi Watts. (Sei, isso não tem relevância alguma.) Em 2004, dirigiu a co-produção da BBC e HBO The life and death of Peter Sellers, com Geoffrey Rush. O realizador nascido na Jamaica e educado em Londres agora ataca com The reaping (A colheita do mal, 2007), cujo maior trunfo é a presença de Hillary Swank. A atriz duplamente oscarizada é Katherine Winters, missioneira que, após um trauma familiar, torna-se uma pesquisadora cética. Através de explicações científicas, desmascara eventos "sobrenaturais" ou "milagrosos". Tipo de pessoa que deve ter como livro de cabeceira O mundo assombrado pelos demônios, a obstinada defesa da ciência magistralmente escrita por Carl Sagan.
Depois de solucionar um caso inicial (o cadáver de um padre intacto por 40 anos no Chile), Katherine é chamada a uma pequena cidade nos Everglades. O rio ficou vermelho e as pessoas acusam Loren McConnell (AnnaSophia Robb), uma menina de 12 anos, de ser a responsável. Com a ajuda de Ben (Idris Elba) e o assessoramento local de Doug (David Morrissey), Katherine procura uma explicação científica para a cor escarlate da água do rio. Retira amostras e manda para o laboratório. In the meantime, novos episódios estranhos acontecem, numa sucessão que imita as dez pragas bíblicas. Katherine tenta se aproximar da menina Loren, o que lhe evoca a lembrança da própria filha e do marido, assassinados no Sudão quando Katherine trabalhava como missionária.
Os problemas do roteiro são o mau uso das idéias e o modo como as 'explicações' são inseridas. A colheita do mal não faz jus ao gênero suspense/fantástico, tradicionalmente defendido por diretores de talento, como Alfred Hitchcock, Peter Jackson e Sam Raimi.
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