Como deve ser delicioso e sádico auto-outorgar-se o poder de dar notas, estrelinhas ou bolinhas para os filmes! Sem ter compromisso nenhum com nada, a não ser com a própria consciência! Deixando de lado a biografia das pessoas envolvidas! Analisar o filme propriamente dito, o produto como se materializou ali, na experiência da sala escura! E depois classificá-lo com uma, duas, três, quatro ou cinco bolinhas ou estrelinhas!
Todo cinéfilo desconfia toda vez que aparece uma "nota" baixa para filmes com, digamos, pessoas respeitáveis à frente e detrás das câmeras. É o que vem acontecendo com
A casa dos sonhos, dirigido por Jim Sheridan (Meu pé esquerdo, Em nome do pai), com Daniel Craig, Rachel Weisz e Naomi Watts no elenco e David Loucka assinando o roteiro. Devo dizer que antes de ver o filme eu vi o trailer no you tube. Antes não tivesse visto. Justamente por causa do trailer, o diretor Jim Sheridan e os astros do elenco recusaram-se a fazer publicidade para o filme. Jim Sheridan inclusive entrou com uma petição para ter o seu nome retirado dos cartazes, insatisfeito com a montagem final e as manipulações comerciais dos produtores que interferiram no trabalho. Aos espectadores, isso tudo não passa de tititi, e o que interessa mesmo é o filme como ele nos chegou, não o filme que teria sido. Muito do que funciona em A casa dos sonhos (sim, a meu ver coisas nele funcionam) tem a ver com o casal de protagonistas, também casal na vida real. Daniel Craig e Rachel Weisz criam um ambiente familiar intimista e crível que acaba sustentando o interesse por boa parte da metragem, num clima que remete aos melhores filmes com base em casas amaldiçoadas, como Amityville, por exemplo. E também se compara a outros filmes que exploram os limites entre razão e loucura, como o recente Ilha do medo, de Scorsese, e o clássico belga Malpertuis. Mas A casa dos sonhos, de fato, não alcança todos os seus objetivos. Os meandros pelos quais o roteiro se envereda e a "explicação" final são um tanto quanto precipitados, confusos e mal-resolvidos. Mas, como um todo, o filme tem lá seus pontos positivos.
Todo cinéfilo desconfia toda vez que aparece uma "nota" baixa para filmes com, digamos, pessoas respeitáveis à frente e detrás das câmeras. É o que vem acontecendo com
A casa dos sonhos, dirigido por Jim Sheridan (Meu pé esquerdo, Em nome do pai), com Daniel Craig, Rachel Weisz e Naomi Watts no elenco e David Loucka assinando o roteiro. Devo dizer que antes de ver o filme eu vi o trailer no you tube. Antes não tivesse visto. Justamente por causa do trailer, o diretor Jim Sheridan e os astros do elenco recusaram-se a fazer publicidade para o filme. Jim Sheridan inclusive entrou com uma petição para ter o seu nome retirado dos cartazes, insatisfeito com a montagem final e as manipulações comerciais dos produtores que interferiram no trabalho. Aos espectadores, isso tudo não passa de tititi, e o que interessa mesmo é o filme como ele nos chegou, não o filme que teria sido. Muito do que funciona em A casa dos sonhos (sim, a meu ver coisas nele funcionam) tem a ver com o casal de protagonistas, também casal na vida real. Daniel Craig e Rachel Weisz criam um ambiente familiar intimista e crível que acaba sustentando o interesse por boa parte da metragem, num clima que remete aos melhores filmes com base em casas amaldiçoadas, como Amityville, por exemplo. E também se compara a outros filmes que exploram os limites entre razão e loucura, como o recente Ilha do medo, de Scorsese, e o clássico belga Malpertuis. Mas A casa dos sonhos, de fato, não alcança todos os seus objetivos. Os meandros pelos quais o roteiro se envereda e a "explicação" final são um tanto quanto precipitados, confusos e mal-resolvidos. Mas, como um todo, o filme tem lá seus pontos positivos.
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