Cavalo de guerra (War Horse, 2011), de Steven Spielberg, baseia-se na novela infantojuvenil publicada em 1982, de autoria de Michael Morpurgo. Em 2007, estreou em Londres a peça homônima, adaptada por Nick Stafford. Em entrevista concedida à BBC em 2010, Morpurgo conta como teve a ideia de escrever sobre a Primeira Guerra Mundial sob a perspectiva de um cavalo e dos soldados que tiveram contato com ele, primeiro soldados britânicos e depois alemães, e então uma família francesa com quem o cavalo passa uma breve temporada. A intenção de Morpurgo: transmitir uma ideia universal do sofrimento causado pela guerra. Não é necessário sinopse melhor. Cavalo de guerra não comove apenas pelas cenas de batalhas e galopes em meio a explosões, metralhas e arames farpados. É um filme de multivariado estofo. A teimosia de um ex-combatente decidido a comprar um belo potro no leilão. A tenacidade de um garoto determinado a lavrar um campo pedregoso. A ligação entre Joey (o potro) e Albert (Jeremy Irvine), construída em tempos de aparente paz. As pessoas que vão entrar em contato com o cavalo em tempos de guerra. A colaboração entre dois soldados de exércitos inimigos em prol de um objetivo comum. Tudo isso com economia de palavras e fartura de cenas primorosas.
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