domingo, julho 28, 2013
Ferrugem e osso
Novo filme de Jacques Audiard, o diretor de De tanto bater, meu coração parou. Ali (Matthias Schoenaerts) mora de favor na casa da irmã, maltrata o filho de cinco anos e trabalha de segurança numa boate. Nas horas vagas, o brutamontes obcecado por lutas ajuda a plantar câmeras para os patrões fiscalizarem o comportamento dos funcionários e transa com qualquer gostosa que der sopa. Numa noite, Ali separa uma briga na casa noturna e se oferece para dirigir o carro da treinadora de orcas Stéphanie (Marion Cotillard), mulher linda, mas aparentemente infeliz, que busca na dança uma válvula de escape. Meses depois, Ali recebe uma ligação de Stéphanie, agora ainda mais soturna e demonstrando ainda mais autocomiseração. Ao acompanhar de modo quase naturalista a incorrigível trajetória de Ali e investigar, com certo distanciamento, a enigmática personalidade da insatisfeita Stéphanie, Ferrugem e osso serve de estudo sobre a incapacidade humana de demonstrar carinho e sobre a capacidade dos amputados para reconstruir a vida.
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