quinta-feira, junho 08, 2017

Núpcias de escândalo

Assistir a este filme é voltar alguns anos no tempo. Evidente, é voltar ao glamour hollywoodiano de 1940, na transição do cinema preto e branco com o cinema colorido. Outro filme realizado em P&B acabaria levando a estatueta de Melhor Filme na cerimônia do Oscar realizada no começo de 1941, premiando os filmes lançados no ano anterior. Trata-se de Rebecca de Alfred Hitchcock.

A Núpcias de escândalo (The Philadelphia Story) caberia abiscoitar naquela mesma cerimônia os Oscars de Melhor Ator (James Stewart) e de Melhor Roteiro Adaptado. O fabuloso elenco conta ainda com Katharine Hepburn e Cary Grant.


A personagem de Katharine, Tracy Lord, divorcia-se de C. K. Dexter Haven (Cary Grant). Dois anos depois, está de casamento marcado com uma pessoa de perfil completamente diferente daquele do primeiro marido. É George Kittredge (John Lord), o adequado e esforçado funcionário das empresas de Seth Lord (John Halliday), o pai de Tracy, que, por sinal, está colocando o casamento em risco ao se aventurar com uma mulher bem mais nova, para a tristeza de sua esposa Margareth Lord (Mary Nash). Um inescrupuloso editor de revistas usa um estratagema para infiltrar dois repórteres, Mike Connor (James Stewart) e Elizabeth Imbrie (Ruth Hussey), na seletíssima festa do matrimônio.

Assistir a este filme é voltar alguns anos no tempo, quando eu podia assistir a filmes em companhia de minha querida mãe, a D. Nidia, colecionadora de Cinemin e de filmes escolhidos de acordo com o ator ou a atriz protagonista. Hepburn está entre as atrizes preferidas dela, e Cary Grant entre os atores prediletos. Então, para ela, assistir a Núpcias de escândalo deve ter sido um deleite. Como para todo e qualquer cinéfilo, diga-se de passagem. E para mim, assistir a qualquer filme do acervo de D. Nidia é um momento especial.


À parte esse lado sentimental/familiar, o filme de George Cukor nos remete a um saudoso tempo em que os roteiros premiados com Oscar realmente mereciam o prêmio. E os atores também. A envolvente (e fumegante, pois ele fuma um cigarro após o outro ao longo da película) atuação de James Stewart contribui para o suspense em torno da imprevisível e complexa personalidade de Tracy.

Na verdade, o filme poderia chamar-se "Quem vai ficar com Tracy?".

Curta este clássico inesquecível e faça as suas apostas.

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