- Segue o texto sobre a refilmagem do clássico gore de George Romero.
- O remake de Madrugada dos mortos marcou a parceria de dois talentos da indústria que hoje se tornaram diretores influentes: Zack Snyder e James Gunn.
- O texto abaixo foi resgatado do primeiro endereço deste blog, originalmente publicado em 26 de abril de 2004.
- O filme, dirigido por Zack Snyder e com roteiro de James Gunn, já ganhou outro texto no blog, publicado em 2017.
MADRUGADA DOS MORTOS
Os manuais de roteiro ensinam: o roteirista tem dez minutos para fixar o personagem principal, estabelecer as linhas gerais da história e, o mais importante, puxar a plateia para dentro do filme. Está comprovado cientificamente: ao cabo de dez minutos de projeção, o espectador já decidiu se fez ou não um bom investimento ao comprar o ingresso.
Nesse aspecto, “Madrugada dos Mortos”, de Zack Snyder, é um filme exemplar. O começo é trepidante. A heroína: uma enfermeira. A história: desde quando filme de mortos-vivos precisa de uma? Captar a atenção da plateia: a aparente calma da aurora está sob ameaça. Há uma presença estranha na casa da enfermeira e seu companheiro. Ah, sim: é a menina da casa ao lado. Em vez de um "Bom dia", que tal uma mordida nas carótidas?
A mulher se tranca no banheiro. A mulher consegue escapar. Está na rua, olha a seu redor. É o fim do mundo como ela o conhece. O caos. O apocalipse. Umas pessoas atacam as outras, alucinadas. Outras estão em estado de choque. A moça pega o carro e foge dali. Mas há algum lugar para ir??
O roteiro foi escrito em cima do filme homônimo de George Romero. A exemplo do original, situa a maior parte da ação no shopping. A reciclagem caprichou no formol ‘intertextual’: citações de “O Iluminado”, “Tubarão” e “Mad Max 2”. Os dias dos zumbis lerdos, em câmera lenta, de George Romero, terminaram. No amanhecer do novo século, os zumbis são velozes, furiosos e vorazes.
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