No século XXI, o Brasil ainda não teve um filme entre os cinco finalistas que concorrem ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A última vez que isso aconteceu foi em 1999, com Central do Brasil.
Com A vida invisível, de Karim Aïnouz, adaptação do livro A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, há uma esperança de terminar com essa seca. E, quem sabe, também de ganharmos o nosso primeiro Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Um sonho a mais não faz mal.
Num ano particularmente inspirado de nosso cinema, A vida invisível chega com as credenciais de ter sido agraciado com o prêmio Un Certain Regard, no Festival de Cannes, e ter recebido resenhas elogiosas em importantes revistas, como Hollywood Reporter, Screen Daily e Variety.
Para representar o Brasil na disputa, o filme de Karim Aïnouz passou por uma peneira difícil, superando outros pesos-pesados como Bacurau e Sócrates, que ganhou 4 estrelas no site do finado Roger Ebert.
A história do Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro é uma eterna história de "bater na trave". Até agora nunca a bola entrou.
O prêmio foi instituído pela Academia em 1948, e tivemos até agora apenas 4 indicações:
1963 - O pagador de promessas, perdemos para a França (Sempre aos domingos)
1996 - O quatrilho, perdemos para a Holanda (Antonia)
1998 - O que é isso, companheiro?, perdemos para a Holanda (Karacter)
1999 - Central do Brasil, perdemos para a Itália (A vida é bela)
Neste gráfico podemos ver que a Itália lidera, seguida por França, Espanha, Dinamarca, Holanda, Suécia e antiga União Soviética.
Entre os sul-americanos, a vizinha Argentina já levou em duas oportunidades e o Chile, uma.
Como às vezes os filmes são coproduções, a contagem por país pode mudar conforme a fonte.
Outra diferença é que, no formato atual, com 5 países concorrentes, a contagem começa apenas em 1956.
Antes havia uma espécie de "Oscar Especial/Honorário", como mostra a estatística oficial da Academia:
FATOS SOBRE O OSCAR DE MELHOR FILME ESTRANGEIRO
PAÍSES COM MAIS INDICAÇÕES E PRÊMIOS
[Atualizado até a 91º cerimônia do Oscar (3/19)]
PAÍSES COM MAIOR NÚMERO DE PRÊMIOS ([#] indica número de indicações)
11 Itália [28] (+ 3 prêmios Honorários)
9 França [37] (+ 3 prêmios Honorários)
4 Espanha [19]
3 Dinamarca [12]
3 Holanda [7]
3 Suécia [16]
3 União Soviética [9]
2 Argentina [7]
2 Áustria [4]
2 Tchecoslováquia [6]
2 Alemanha [11]
2 Hungria [10]
2 Irã [3]
2 Suíça [5]
1 Argélia [5]
1 Bósnia & Herzegovina [1]
1 Canadá [6]
1 Chile [2]
1 República Tcheca [3]
1 Alemanha Ocidental [8]
1 Costa do Marfim [1]
1 Japão [13] (+ 3 prêmios Honorários)
1 México [9]
1 Polônia [11]
1 Rússia [7]
1 África do Sul [2]
1 Taiwan [3]
Observe também que em seu banco de dados, a Academia conta o ano da produção dos filmes, não o ano da festa de premiação, critério adotado pela nem sempre confiável, mas quase sempre disponível, Wikipédia.
Quando os prêmios honorários são contados, o Japão aparece com 4 vitórias.
Por sua vez, este artigo compara o número de indicações de cada país com a sua população. Nesse quesito, a Dinamarca lidera, com maior número de vitórias per capita.
Em 2020, um ponto que conta a nosso favor nessa corrida pelo tão cobiçado Oscar de Melhor Filme Estrangeiro é que o livro de Martha Batalha é um sucesso internacional que já foi traduzido para muitos idiomas. E o filme também está sendo distribuído mundialmente.
Nesta entrevista, o diretor Karim Aïnouz fala entre outras coisas do encontro com a escritora Martha Batalha e que ela gostou bastante do filme.
A vida invisível passou pela primeira etapa. Ainda tem um longo percurso pela frente, mas sonhar não custa nada. Será que agora vai?
Com A vida invisível, de Karim Aïnouz, adaptação do livro A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, há uma esperança de terminar com essa seca. E, quem sabe, também de ganharmos o nosso primeiro Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Um sonho a mais não faz mal.
Num ano particularmente inspirado de nosso cinema, A vida invisível chega com as credenciais de ter sido agraciado com o prêmio Un Certain Regard, no Festival de Cannes, e ter recebido resenhas elogiosas em importantes revistas, como Hollywood Reporter, Screen Daily e Variety.
Para representar o Brasil na disputa, o filme de Karim Aïnouz passou por uma peneira difícil, superando outros pesos-pesados como Bacurau e Sócrates, que ganhou 4 estrelas no site do finado Roger Ebert.
A história do Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro é uma eterna história de "bater na trave". Até agora nunca a bola entrou.
O prêmio foi instituído pela Academia em 1948, e tivemos até agora apenas 4 indicações:
1963 - O pagador de promessas, perdemos para a França (Sempre aos domingos)
1996 - O quatrilho, perdemos para a Holanda (Antonia)
1998 - O que é isso, companheiro?, perdemos para a Holanda (Karacter)
1999 - Central do Brasil, perdemos para a Itália (A vida é bela)
Neste gráfico podemos ver que a Itália lidera, seguida por França, Espanha, Dinamarca, Holanda, Suécia e antiga União Soviética.
Entre os sul-americanos, a vizinha Argentina já levou em duas oportunidades e o Chile, uma.
Como às vezes os filmes são coproduções, a contagem por país pode mudar conforme a fonte.
Outra diferença é que, no formato atual, com 5 países concorrentes, a contagem começa apenas em 1956.
Antes havia uma espécie de "Oscar Especial/Honorário", como mostra a estatística oficial da Academia:
FATOS SOBRE O OSCAR DE MELHOR FILME ESTRANGEIRO
PAÍSES COM MAIS INDICAÇÕES E PRÊMIOS
[Atualizado até a 91º cerimônia do Oscar (3/19)]
PAÍSES COM MAIS INDICAÇÕES
([#] indica número de prêmios)
37 França [9 (+ 3 prêmios Honorários)]
28 Itália [11 (+ 3 prêmios Honorários)]
19 Espanha [4]
16 Suécia [3]
13 Japão [1 (+ 3 prêmios Honorários)]
12 Dinamarca [3]
11 Alemanha [2]
11 Polônia [1]
10 Hungria [2]
10 Israel [0]
9 México [1]
9 União Soviética [3]
8 Alemanha Ocidental [1]
7 Argentina [ 2]
7 Bélgica [0]
7 Canadá [1]
7 Holanda [3]
7 Rússia [1]
PAÍSES COM MAIOR NÚMERO DE PRÊMIOS ([#] indica número de indicações)
11 Itália [28] (+ 3 prêmios Honorários)
9 França [37] (+ 3 prêmios Honorários)
4 Espanha [19]
3 Dinamarca [12]
3 Holanda [7]
3 Suécia [16]
3 União Soviética [9]
2 Argentina [7]
2 Áustria [4]
2 Tchecoslováquia [6]
2 Alemanha [11]
2 Hungria [10]
2 Irã [3]
2 Suíça [5]
1 Argélia [5]
1 Bósnia & Herzegovina [1]
1 Canadá [6]
1 Chile [2]
1 República Tcheca [3]
1 Alemanha Ocidental [8]
1 Costa do Marfim [1]
1 Japão [13] (+ 3 prêmios Honorários)
1 México [9]
1 Polônia [11]
1 Rússia [7]
1 África do Sul [2]
1 Taiwan [3]
Observe também que em seu banco de dados, a Academia conta o ano da produção dos filmes, não o ano da festa de premiação, critério adotado pela nem sempre confiável, mas quase sempre disponível, Wikipédia.
Quando os prêmios honorários são contados, o Japão aparece com 4 vitórias.
Por sua vez, este artigo compara o número de indicações de cada país com a sua população. Nesse quesito, a Dinamarca lidera, com maior número de vitórias per capita.
Em 2020, um ponto que conta a nosso favor nessa corrida pelo tão cobiçado Oscar de Melhor Filme Estrangeiro é que o livro de Martha Batalha é um sucesso internacional que já foi traduzido para muitos idiomas. E o filme também está sendo distribuído mundialmente.
Nesta entrevista, o diretor Karim Aïnouz fala entre outras coisas do encontro com a escritora Martha Batalha e que ela gostou bastante do filme.
A vida invisível passou pela primeira etapa. Ainda tem um longo percurso pela frente, mas sonhar não custa nada. Será que agora vai?
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