sexta-feira, setembro 25, 2020

A mulher que eu amo




Talvez não seja exagero dizer que não existe nada no mundo a que o adjetivo "meteórica" possa ser conferido tão apropriadamente quanto a carreira de Elvis Presley.

De motorista de caminhão a astro do cinema em pouco mais de dois anos.

Em julho de 1954 ele gravou o primeiro disco com Scotty Moore na guitarra e Bill Black no contrabaixo acústico. No lado A trazia That's All Right, Mama, e no lado B, Blue Moon of Kentucky.

Com a genialidade (ou simplicidade?) de Sam Phillips na mesa de gravação da Sun Records, a sonoridade desse trio mudou a história da música.



Elvis Presley amalgamava um cadinho de influências jamais visto (misto de gospel, blues, quartetos vocais e country) e involucrava tudo isso numa voz jamais ouvida, e numa polêmica postura no palco.

Dos shows lotados à televisão, da televisão ao cinema. 

Com a carreira guiada por uma raposa do entretenimento ("Coronel" Parker), Elvis protagonizou nada menos que 31 filmes.


Loving You é apenas o segundo da lista.

(Love Me Tender, ou "Ama-me com ternura", marcou a sua estreia nas telonas, em novembro de 1956.)

O diretor e roteirista do filme acompanhou alguns shows de Elvis enquanto fazia o roteiro. E em essência o filme é a própria história de Elvis.

A mulher que eu amo (Loving You, lançado nos cinemas em julho de 1957) conta a história de um trabalhador que se transforma num fenômeno da música com o empurrãozinho de uma boa empresária.

Algumas confusões acontecem por conta da perseguição das fãs e do preconceito das pessoas quanto à arte do novo cantor (vicissitudes que Elvis também sentiu na pele).

Uma curiosidade é que o "par romântico" de Elvis, Dolores Hart, após completar 10 filmes em Hollywood, largou o show business e se tornou uma freira beneditina.

Ela também contracenou com Elvis no quarto filme de Elvis, Balada sangrenta (King Creole).


Outra curiosidade: na cena do show final, a mãe e o pai do cantor, Gladys e Vernon, estão corujosamente na plateia aplaudindo Deke Rivers, ninguém menos que o rebento deles nascido em 8 de janeiro de 1935 em East Tupelo.

Scotty Moore e Bill Black, o guitarrista e o baixista de Elvis, também aparecem no filme.

Elvis Presley mostra em A mulher que eu amo que é um artista completo, que domina várias artes, mas que ainda está evoluindo como cantor e como ator.


 

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