sábado, setembro 24, 2011

Missão: madrinha de casamento

Corroteirizado e estrelado por Kristen Wiig, Missão: madrinha de casamento chega às telas brasileiras com o aval de ninguém menos que Roger Ebert, que deu 3 estrelas e meia num máximo de quatro para o filme de Paul Feig. Diga-se de passagem, a crítica norte-americana em geral recebeu bem a comédia. Wiig é Annie, uma balzaquiana moderna, que em vez de namorado tem fuck buddy, e cuja melhor amiga vai se casar. Annie, escolhida como uma das bridesmaids, vai participar de muitas inusitadas situações, como a do almoço no restaurante brasileiro (e suas escatológicas consequências), o comportamento inapropriado numa viagem aérea, o surto em pleno chá de panelas, o bate-boca com uma cliente na joalheria e as incríveis tentativas para chamar a atenção de um policial impassível. Pode parecer inacreditável, mas o roteiro deste filme foi escrito por duas mulheres. O resultado não é nada delicado: um tipo de humor nada sutil. Sinal dos tempos? Da "masculinização" do comportamento feminino? O fato é que Bridesmaids tem excesso de escracho, de escatologia e, principalmente, de metragem: muitas cenas seriam mais eficientes se fossem mais enxutas.

domingo, setembro 04, 2011

Julieta Venegas em Porto Alegre - setlist

Na amena noite de quarta-feira, dia 31, pontualmente às 21h e alguns minutos a californiana Julieta Venegas e banda adentraram ao palco do Bourbon Country para entoar nada menos que vinte e cinco canções pinçadas do repertório construído em 6 cds lançados a partir de 1996. Embora eu não seja exatamente uma autoridade no assunto, longe disso, pois tenho apenas os dois mais recentes, acho que não erraria por muito se dissesse que o show se centrou nas canções dos três últimos cds: Limón y sal (2006), MTV Unplugged (2008) e Otra cosa (2010). Uma das coisas mais divertidas do show era acompanhar a dinâmica troca de instrumentos de cada músico da banda, num total de seis, além de Julieta, multi-instrumentista por excelência. A tecladista, do alto de sua minissaia colegial, às vezes se arriscava no xilofone e no acordeão, além de fazer backing vocal. O baixista uma hora resolveu tocar um sintetizador. O baterista foi o único que não parou de tocar seu instrumento para tocar outro, mas na verdade ele tocou a maior parte do tempo com uma baqueta, e com a outra mão agitava o chocalho ou o pandeiro. O guitarrista principal, conforme a música, ia de viola, banjo ou cavaquinho, ou coisa que o valha. Já a mocinha misteriosa que ficava no estrado tinha como especialidade o pistão, mas fazia de tudo um pouco (xilofone, acordeão, etc.). A especialidade do carequinha da trança na nuca era tocar flauta e clarinete, mas ele também xilofonava. Quanto à Julieta, começou tocando teclado, depois dedilhou violão e acordeão. Mas as principais cordas que Venegas domina são as vocais. Um dos destaques do show foi a cover de Los Tigres del Norte, La jaula de oro, que com sua mistura inusitada de ritmos resumiu bem o estilo do show, dançante e alegre. Ao final do show, pedi ao cara da mesa o setlist, e não é que deu certo? Compartilho o troféu, a lista das canções tocadas por Julieta e banda com ternura, romantismo, versatilidade e embalo latino.