domingo, dezembro 17, 2006

Cassino Royale



Cassino Royale, o filme de 1967, com Ursula Andress no papel de Vesper Lynd, e David Niven no de James Bond, não fez parte da série oficial do 007 e, embora tenha reunido muitos talentos (incluindo o diretor John Huston e os atores Peter Sellers e Jean Paul Belmondo), obteve fraca recepção de público e de crítica. Entrou para a história mais como uma paródia ou sátira do que como um filme “sério”de 007.
Já o novo “cassino real”, além de pertencer à franquia 'oficial', aproveitou o melhor do roteiro original e acrescentou elementos de interesse. A combinação de roteiro engenhoso, direção eficiente de Martin Campbell e carisma de Daniel Craig credencia o novo Cassino Royale como um bom filme de 007.
Do original, o roteiro (assinado entre outros por Paul Haggis, de Crash) manteve, além do título, os nomes de algumas personagens (Le Chiffre, Vesper Lynd) e a “idéia principal” – a realização de um milionário jogo de pôquer em um luxuriante hotel.
O filme de Martin Campbell (especialista em filmes de ação como Limite Vertical e A Marca do Zorro) marca a estréia do ator Daniel Craig (com participações em Estrada para a Perdição e Munique) como 007. Campbell realizou também Goldeneye, o primeiro de Pierce Brosnan na franquia.
O ‘casting’ de Craig foi muito questionado pelos fãs radicais da série, por conta da altura e da cor do cabelo. Teoricamente muito baixo e loiro para ser o novo James Bond, sem o jeito de bom moço de um Sean Connery, a elegância de um Roger Moore, ou o charme de um Pierce Brosnan, Craig, nascido em março de 1968, compensou a estatura mediana com um excelente preparo físico; a cor do cabelo com a vantagem que, sendo loiro, ganhou como bond-girls belas morenas - como é o caso de Eva Green (de Cruzada) e Caterina Murino; a falta de elegância e de charme, com testosterona e melancólicos olhos azuis. Normalmente discreto no cumprimento das missões, o agente britânico assume com Daniel Craig uma postura mais violenta. A estratégia dá espaço ao contato físico e à truculência. Esse é o filme em que 007 mais bate e mais apanha. Paradoxalmente, é o filme em que a fragilidade de Bond está mais à flor da pele. Bond está mais humano e menos inteligente – é capaz até de se apaixonar.

3 comentários:

  1. olha só, o Craig nasceu em 68, não é alto e o cabelo é loiro...por acaso parece alguém que vc conhece?? rs
    Vi hoje o 007 (aproveitando o ar condicionado do cinema pra compensar o calor escaldante que tem feito!)
    Márcia (não sou anônima. só não estou a fim de fazer a conta!)

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  2. BAITA HOMEM (o Craig, não vai se achando).

    ... eu só entro aqui prá elogiar os atores, já notou?

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  3. QUE HOMEM GOSTOSO.
    ASSINADO, sua irmã Ana. DANIEL CRAIG FOREVER

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