O loser assumido Alex Fletcher (Hugh Grant), ex-integrante da banda Pop, sucesso nos jurássicos anos 80, ganha a vida fazendo shows com playback, agendados pelo empresário - não menos loser - em clubes para reduzido público nostálgico - trintonas, quarentonas e afins, sequiosas de ver de perto o antigo ídolo, apesar de ele estar, atualmente, um tanto fora de forma.
A carreira se encaminha a um final melancólico, quando, do nada, Cora Corman (Haley Bennett), a cantora 'da hora', requisita Alex para lhe compor uma canção. Para oxigenar a combalida carreira, Alex aceita o desafio e procura uma pessoa para escrever a letra - o seu forte é a melodia. Depois de uma frustrada tentativa com um letrista profissional, Alex aposta as fichas em Sophie Fisher (Drew Barrymore), a atrapalhada, hipocondríaca e esquisita moça que substitui a cuidadora de plantas, que, despretensiosa, dá um palpite - um verso que agrada o veterano ex-pop star.
Desenvolve-se então uma inusitada parceria, que possibilitará um conhecimento mútuo e o surgimento de personagens como Sloan Cates (Scott Campbell), asqueroso professor com quem Sophie teve um caso no passado.
A tiração com os musical e bregamente incomparáveis anos 80 é total, vide a hilária abertura do filme. Apesar do tom irônico-satírico, o filme acaba sendo uma homenagem aos Eighties, tão badalados festas afora, tão presentes nos palcos de Porto Alegre neste mês de março (Bryan Adams, em show impecável no Teatro do Sesi, e Pet Shop Boys, que levou os fãs ao delírio no Gigantinho).
O roteirista e realizador Marc Lawrence, de Amor à segunda vista (2002), nos proporciona em Letra e música (2007) estimulantes momentos de humor e romance.
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