domingo, outubro 24, 2010
Piranha 3-D
Diferentemente de Zumbilândia, que nada acrescentou (muito antes pelo contrário) para o gênero trash/zumbis, Piranha 3-D (2010) é um suculento upgrade ao gênero trash/piranhas. A saga piranhística iniciou na década de 1970 com filmes de reduzida expressão. Em 1978, as piranhas se tornaram estrelas nos cinemas de todo o mundo, numa produção de Roger Corman com direção de Joe Dante. Desde então, as vorazes dentuças vêm aterrorizando plateias de várias gerações. A sequência oficial veio em 1981 (Piranhas II: Assassinas Voadoras), com ninguém menos que James Cameron na direção. Agora, turbinadas pela tecnologia 3-D, as sanguinárias piranhas estão de volta, sob a batuta do diretor francês Alexandre Aja, que se lançou no circuito de filmes de horror com Haute tension (2003). Wes Craven assistiu a película e convidou Aja para dirigir o remake de Quadrilha de sádicos (The hills have eyes, 1977). A refilmagem ganhou o título no Brasil de Viagem Maldita (2006). Depois disso, Aja lançou Espelhos do medo (Mirrors, 2008). Como se vê, ninguém pode acusar Aja de incoerência. Escolheu um "gênero" e, nesse processo, se especializou, ou seja, cada filme novo é melhor que o anterior. Guardem o nome dele: esse cara ainda vai fazer um bom filme.
Desta vez, o cenário da carnificina é o fictício Lake Victoria (na realidade o Lake Havasu, Arizona). Na cena inicial, Richard Dreyfuss se presta para encarnar um pescador na hora errada no lugar errado. Falando em se prestar, adivinhe quem é a xerife responsável por tentar controlar uma situação que se tornará incontrolável? A respeitável Elizabeth Shue. Na pele da xerife Julie Forrester, tendo como fiel escudeiro o guarda interpretado por Ving Rhames, Shue enfrenta um dos maiores desafios da carreira: não o preconceito de participar de um gênero considerado menor depois de atuar em dramas como Despedida em Las Vegas, que lhe valeu indicação ao Oscar, mas sim um guloso cardume de piranhas mesolíticas. Um evento sísmico cujo epicentro é o lago abre uma fenda e libera criaturas de milhões de anos, verdadeiros fósseis vivos (e sedentos de sangue). Para a sorte dos insaciáveis peixinhos, está chegando na cidade (cuja principal atração é o lago) uma leva maciça de turistas (que quadruplica a população local) e também a deliciosa equipe de produção de um filme pornô.
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Ainda não vi este filme, mas pretendo assisti-lo, por ele ser exageradamente trash.
ResponderExcluirValeu.