Espécie de O show de Truman para crianças, Bolt é filme para ver e rever. Afinal, só a partir da segunda sessão, seu filho de cinco anos vai começar a entender os meandros das peripécias do jovem berger blanc suisse (pastor-branco-suíço, uma variação do pastor-alemão) que pensa ser um supercão. De qualquer modo, outros itens justificam investir o valioso tempo de sua família em Bolt: a ousadia da ideia, o primor da ação, a emoção dos dilemas e o carisma das personagens. A cena de abertura é a cena que todos os diretores especializados em ação (como David Richard Ellis, que Deus o tenha) sonhariam fazer, sem precisar dos recursos da animação, é claro. Depois do vertiginoso início, porém, as coisas começam a ficar meio confusas para a criançada pequena, já que nem tudo que se vê na tela é verdade. Espectadores mirins apropriadamente vão ficar com uma pulga atrás da orelha, mas esta é apenas mais uma das qualidades de Bolt: ensina às crianças que nem tudo que reluz é ouro. E que, mesmo sem superpoderes, podemos realizar coisas importantes. Em outras palavras, Bolt é sobre autoconhecimento e autoestima.
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