terça-feira, novembro 03, 2020

O farol




De tempos em tempos, escolho um diretor para cultuar.

Escolher talvez não seja o termo certo, já que esse processo não é algo 100% racional.

Um vínculo se cria quando a temática e a estética de um filme me surpreendem, instigam e emocionam.

Da conjunção desses 3 fatores brota uma admiração que me leva a buscar outros filmes do mesmo diretor e, filme após filme, a admiração se transforma em culto.

Vou dar três filmes como exemplo: Coração selvagem, Sociedade dos poetas mortos e Réquiem para um sonho.

David Lynch, Peter Weir e Darren Aronofsky. 

Nada mal para uma tríade, hein?



Com O farol de Robert Eggers essa conjunção de fatores bateu na trave.

Devo estar muito mais exigente e prevenido, com o tempo.

Eggers consegue unir muitas influências  para criar uma obra contundente e poderosa.

Estamos diante de um filme que desafia a estética usual, e o tema abordado dá muito pano pra manga.

Eu mesmo já escrevi um artigo comparando Diário do farol de Ubaldo com Os faroleiros de Lobato.

Por que Eggers não entrou de imediato na minha lista de diretores cult?





O farol surpreende, instiga, mas não emociona...

É uma relação apenas intelectual que se desdobra, pelo menos foi o que aconteceu comigo.

Por enquanto, o diretor entrou no meu radar, e aconselho a todos que gostam

de filmes diferentes e "cults" que procurem assistir a este filme.



Se Eggers não entrou ainda na minha lista de diretores cult, um efeito colateral está se processando, porém.

Quero muito assistir a seu primeiro filme, The Witch.






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