Baita filme. Pouco mais tenho a acrescentar. O diretor David Ayer conta a história de cinco americanos que tripulam um carro de combate, mais especificamente, o tanque Sherman, em 1945, na Alemanha. O filme tem tudo que um bom filme de guerra necessita, sem desperdiçar tempo com firulas. Algumas das cenas de combate mais bem filmadas dos últimos tempos, entre elas algumas originais, cenas jamais filmadas (pelo menos, até onde vai o meu conhecimento), ou, no mínimo, jamais filmadas com tanto realismo e técnica, como, por exemplo, o trepidante combate entre três tanques Sherman (aliados) contra um Tiger (alemão). Algumas cenas intimistas também, como o inusitado dueto entoado por Emma (Alicia von Rittberg), uma bonita aldeã germânica, e o recruta Machine (Logan Lerman) ao piano.
Afiadíssimo, o elenco é liderado por Brad Pitt, que encarna o sargento Wardaddy, e conta também com Shia LaBeouf (o artilheiro Bible), Michael Peña (Gordo) e Jon Bernthal (Coon-Ass). De um modo singelo, entremeados em grandes sequências de combate, medo, heroísmo, insegurança, bravura, covardia, todos os sentimentos inerentes a uma guerra são expostos em Corações de ferro. Baita filme. Desde O resgate do soldado Ryan não se via um filme de guerra com tanto sangue, tripas e fibras. E a situação em que o tanque Fury é colocado na sequência final é de arrepiar. Os cinco atores se tornaram muito unidos durante o treinamento militar recebido durante a preparação para o filme. Outro cuidado que o diretor teve foi convidar ex-tripulantes do Sherman, senhores lúcidos de seus mais de 90 anos, para contar suas experiências em pessoa para o quinteto principal do elenco. Todo esse apuro é perceptível no resultado final. David Ayer, nascido em 1968, antes de se aventurar na direção já havia realizado bons trabalhos como roteirista, por exemplo, U-571, de Jonathan Mostow, e Dia de treinamento, de Antoine Fuqua. Na direção, assinou Os reis da rua, com Keanu Reeves, até realizar Corações de ferro. Nunca é demais repetir: baita filme!
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