Loving Vincent é o modo carinhoso com que Vincent Van Gogh subscrevia as cartas endereçadas ao irmão Theo.
Também é o título deste filme que surpreendeu o mundo em 2017.
Na animação dos diretores Dorota Kobiela e Hugh Welchman, nitidamente a forma prevalece sobre o conteúdo. Mais de cem pintores colaboraram na tarefa hercúlea de colorir a óleo cada fotograma do filme.
A história acompanha a saga de Armand Roulin, filho do carteiro, para entregar a última carta escrita por Van Gogh.
A jornada de Roulin serve de catarse para alguém que se sente meio culpado pela morte do amigo. Afinal de contas, quando há um suicídio, todas as pessoas que têm amizade com a pessoa podem experimentar uma sensação parecida e pensar: "Será que eu não podia ter feito algo para evitar ou tentar evitar que o pior acontecesse?".
O rapaz começa a investigar os acontecimentos do suposto suicídio e descobre que talvez a explicação seja outra, envolvendo a ação de jovens da localidade que maltratavam o pintor.
Um deles, René Secrétan, tinha uma arma, e corriam boatos à boca pequena que o jovem poderia ter sido o autor do disparo.
Uma biografia de 2012 e um filme de 2018 de Julian Schnabel endossam essa possibilidade.
É uma dessas questões que ficarão insolúveis até o fim dos tempos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem-vindo!