domingo, dezembro 23, 2018

Aquaman



Não assisti a nenhum filme anterior de James Wan, mas pela amostra de Aquaman, estamos diante de um bom diretor.


E por que não assisti?

Mesmo sendo fã de terror, a franquia Jogos mortais não me atraiu o suficiente para que eu me desse o trabalho de conferir. Talvez agora eu assista o primeiro da série, o único dirigido por James Wan.

Vamos combinar que os filmes de Wan têm um sério problema de títulos aqui em terras tupiniquins.

Senão, vejamos.

Depois de Jogos mortais (2004), vieram Gritos mortais, Sentença de morte (2007), Sobrenatural (2011), Invocação do mal (2013), suas respectivas continuações Sobrenatural 2 (2013) e Invocação do mal 2 (2016), sem esquecermos da pausa do nicho "terror" para filmar o Velozes e furiosos 7.

Convenhamos que são títulos insossos que não exercem um magnetismo inerente.

Tudo isso para (tentar) justificar minha ignorância prévia sobre o estilo de Wan.

Mas logo no começo de Aquaman, durante a luta que envolve a princesa atlante interpretada por Nicole Kidman, eu murmurei: "Este diretor é bom".

A cena foi muito bem dirigida, e as câmeras foram colocadas em pontos de vista bastante eficazes.

Ao longo do filme destacam-se confrontos marinhos e terrestres protagonizados pelo híbrido Aquaman, filho de pai humano e mãe atlante, em que o diretor James Wan pôde mostrar (em primeira mão, para espectadores desavisados como eu) seu virtuosismo atrás das câmeras.

E quanto ao roteiro deste filme da DC, tão criticada por ser menos bem-humorada que a Marvel?

Segundo consta, o relativamente novato Will Beall roteirizou a história criada por James Wan, que se considera alguém com senso de humor, realizador de filmes sombrios, mas divertidos, ou seja, temperados com cenas de alívio cômico.

Não vou dar spoiler, mas é impossível negar que Aquaman tem cenas que surpreendem pelo bom humor.

Ou seja, é um caso raro de "blockbuster" em que o diretor exerceu poder sobre o conjunto da obra, a ponto de influenciar no enredo e com certeza em outras decisões.

O filme é bastante eficaz no quesito "aventura" e "ritmo", além de trabalhar questões importantes para a humanidade hoje em dia, como a preservação da biodiversidade marinha, o combate à poluição dos oceanos, etc.

Aquaman é um herói com muito potencial a ser explorado. Que a DC continue dando autonomia a bons diretores para as inevitáveis continuações.

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