Antes da entrega do Oscar fiz um post em que declarava laconicamente que, na minha opinião, Greenbook era o melhor filme entre os concorrentes.
Fiz a ressalva também que ainda não assisti a todos os filmes da lista. Essa ressalva ainda vale. Assistir a todos os filmes concorrentes do Oscar não é uma tarefa exatamente lá muito fácil para quem mora numa cidade sem salas de cinema.
Agora, após a surpresa agradável da vitória de Greenbook, e com um pouco mais de tempo, vou tentar explicar os motivos que justificam a minha afirmação.
Por que Greenbook é um filme excelente e que merece o seu Oscar?
A resposta mais simples é algo difícil de mensurar.
As sensações e as reações que temos na sala escura, os sorrisos que damos, os suspiros que soltamos, as emoções suscitadas à flor da pele.
Essas coisas não são fáceis de materializar num texto que se pretende objetivo.
Falar que o filme é bom porque o roteiro é original e surpreendente também seria algo acusável de clichê.
Greenbook é um filme excelente porque transparece veracidade.
Os dois atores que contracenam estão trabalhando no máximo de seus talentos.
Aliás, nenhum dos dois é "coadjuvante".
Essa é outra discussão possível que pouca gente parece ter se importado ou percebido.
Mas o fato é que o Oscar de Melhor Filme ficou em boas mãos em 2019, porque Greenbook faz jus à tradição de filmes ganhadores do Oscar de Melhor Filme.
Greenbook é um filme honesto sobre uma amizade improvável, um pequeno exemplo do que acontece quando a ousadia e a autenticidade se unem para contar uma história que vale a pena ser contada.
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