Quem fala que o Nicolas Cage é um canastrão não entende nada de cinema.
Não viu Feitiço da lua, Coração selvagem e Vício frenético.
Frenética é a rotina do tenente Terence.
Solucionar um homicídio quíntuplo de uma família de senegaleses.
Atender às chamadas de emergência da namorada Frankie (Eva Mendes).
Cuidar do cachorro do pai alcoólatra.
Apaziguar os pitis da madrasta chegada numa ceva.
Controlar as excruciantes dores na coluna, resultantes de um ato de bravura.
Proteger a testemunha ocular do crime.
E frenética também é a sua drogadição.
Viciado em heroína e Vicodin, Terence também é um apostador incorrigível, que gasta o que tem e o que não tem em apostas esportivas, no caso, futebol americano.
O outro vício de Terry é a sua tendência a não respeitar as leis que deveria defender.
Terry é um tira eficaz, mas é um tira corrupto, regido pela máxima maquiavélica de que "os fins justificam os meios".
Algumas cenas antológicas:
==> Terry interrogando (pela segunda vez) as senhoras na casa geriátrica.
==> Terry contando a Frankie sobre a colher de prata.
==> Terry tentando convencer outro tira na cena de um acidente a cometer um ato corrupto;
==> Terry no aquário ao lado de uma pessoa importante.
Em tempo: Vício frenético também é o título brasileiro do filme Bad Lieutenant, de Abel Ferrara com Harvey Keitel feito em 1994.
Werner Herzog não queria que o filme dele se chamasse Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans. Na verdade é uma referência ao fato de que ambos os filmes têm um tenente corrupto. Mas não é um remake nem uma continuação. Apenas uma transcriação da história.
O resultado é um dos três melhores filmes da carreira de Nicolas Cage.
Este filme da "fase americana" de Werner Herzog é considerado um dos 10 filmes essenciais de sua vasta e mágica filmografia pelo site The Culture Trip. Não consta, porém, na lista da Rolling Stone.
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