Talvez sem querer, o diretor Kenneth Branagh, por seu sólido background shakesperiano, tenha impregnado cada cena de Thor (2011) com um peso dramático que contribui sobremaneira à contundência e à eficácia da obra. O ator Chris Hemsworth precisa dar a seu personagem mais do que músculos, cabelos loiros e olhos azuis. A fachada de Thor é importante, e fica ainda mais convincente com sua armadura e a capa vermelha, mas o principal nesse aspirante a super-herói são as emoções. Primeiro, a arrogância de um guerreiro que se considera imbatível. Depois, a dor de ser exilado num planeta como a Terra, longe de Asgard, seu lar ameaçado por uma guerra iminente, e a angústia de não ser merecedor da confiança do pai. Em seguida, os sentimentos ambíguos em relação ao irmão Loki: misto de amor fraterno com rivalidade. E o que dizer de outro e mais profundo sentimento, despertado pela terráquea Jane (ninguém menos que Natalie Portman)? Enfim, Thor precisa equalizar tudo isso e provar que é digno de ser, realmente, um super-herói. Não sei se os dramas existenciais dos personagens atraíram Branagh para esse projeto. Sei que ele aproveitou com maestria as oportunidades para dar estofo a Thor, personagem e filme. Contribuem para a qualidade do filme as atuações competentes de Anthony Hopkins, como Odin, o rei de Asgard, e da sempre linda Rene Russo, como Frigga, sua cara metade e rainha.
domingo, janeiro 13, 2013
Thor e Os vingadores
Talvez sem querer, o diretor Kenneth Branagh, por seu sólido background shakesperiano, tenha impregnado cada cena de Thor (2011) com um peso dramático que contribui sobremaneira à contundência e à eficácia da obra. O ator Chris Hemsworth precisa dar a seu personagem mais do que músculos, cabelos loiros e olhos azuis. A fachada de Thor é importante, e fica ainda mais convincente com sua armadura e a capa vermelha, mas o principal nesse aspirante a super-herói são as emoções. Primeiro, a arrogância de um guerreiro que se considera imbatível. Depois, a dor de ser exilado num planeta como a Terra, longe de Asgard, seu lar ameaçado por uma guerra iminente, e a angústia de não ser merecedor da confiança do pai. Em seguida, os sentimentos ambíguos em relação ao irmão Loki: misto de amor fraterno com rivalidade. E o que dizer de outro e mais profundo sentimento, despertado pela terráquea Jane (ninguém menos que Natalie Portman)? Enfim, Thor precisa equalizar tudo isso e provar que é digno de ser, realmente, um super-herói. Não sei se os dramas existenciais dos personagens atraíram Branagh para esse projeto. Sei que ele aproveitou com maestria as oportunidades para dar estofo a Thor, personagem e filme. Contribuem para a qualidade do filme as atuações competentes de Anthony Hopkins, como Odin, o rei de Asgard, e da sempre linda Rene Russo, como Frigga, sua cara metade e rainha.
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