Mais um post da série de textos resgatados.
Sin City
No post anterior, comentei sobre a decadência do cinema. É bem verdade que nesta época do ano em geral os filmes são direcionados para um padrão descartável. Sendo o cinema uma arte autoral, são apenas os autores - criativos diretores e roteiristas - que podem salvá-lo.
Robert Rodriguez é um deles. Especialista em cinema diversão inteligente, depois da estreia com El Mariachi, Rodriguez proporcionou-nos risos aterrorizantes em Um drink no inferno (From Dusk Till Dawn, parceria com Tarantino) e retornos à infância com a série Pequenos Espiões.
Agora o diretor texano mergulha no universo Frankmilleriano, em três impactantes episódios.
Um Bruce Willys cabeludo é Hartigan, detetive que salva uma menina de 11 anos do estupro. O estuprador é o filho de um senador poderoso e o detetive acaba preso. Nancy Callagan envia uma carta por semana para ele até que, 8 anos depois, Hartigan é solto e eles voltam a se encontrar.
Noutro, Mickey Rourke é um deformado que se apaixona pela única mulher em anos que vai para cama com ele: Goldie, uma loira escultural, que acaba assassinada. Ele parte então em busca de vingança.
Por fim, Clive Owen protagoniza o episódio em que enfrenta com a namorada um policial demente e corrupto (Benicio Del Toro).
A prova de que o filme não é apenas cabeças degoladas, membros decepados e genitais arrancados, está na meditação que ele provoca sobre a mulher de dezenove anos.
No episódio do Bruce Willys, ao sair da cadeia, seu personagem passa dos 50 anos. E reencontra a menina que salvara. Agora, uma mulher de 19 anos. Idade extremamente perigosa. Idade em que a mulher tem o homem que quer, na cama que ela escolhe. Aos 19, exacerba-se a beleza, acentua-se o desejo, eterniza-se a ternura. Uma mulher de 19 anos é capaz de provocar desatinos, desesperos e imolações.
Sobre a cena dirigida por Tarantino pela quantia simbólica de um dólar, dizem que foi exatamente a antológica cena em que Bruce Willys reencontra Nancy no bar.
(Texto de agosto de 2005.)
Sin City
No post anterior, comentei sobre a decadência do cinema. É bem verdade que nesta época do ano em geral os filmes são direcionados para um padrão descartável. Sendo o cinema uma arte autoral, são apenas os autores - criativos diretores e roteiristas - que podem salvá-lo.
Robert Rodriguez é um deles. Especialista em cinema diversão inteligente, depois da estreia com El Mariachi, Rodriguez proporcionou-nos risos aterrorizantes em Um drink no inferno (From Dusk Till Dawn, parceria com Tarantino) e retornos à infância com a série Pequenos Espiões.
Agora o diretor texano mergulha no universo Frankmilleriano, em três impactantes episódios.
Um Bruce Willys cabeludo é Hartigan, detetive que salva uma menina de 11 anos do estupro. O estuprador é o filho de um senador poderoso e o detetive acaba preso. Nancy Callagan envia uma carta por semana para ele até que, 8 anos depois, Hartigan é solto e eles voltam a se encontrar.
Noutro, Mickey Rourke é um deformado que se apaixona pela única mulher em anos que vai para cama com ele: Goldie, uma loira escultural, que acaba assassinada. Ele parte então em busca de vingança.
Por fim, Clive Owen protagoniza o episódio em que enfrenta com a namorada um policial demente e corrupto (Benicio Del Toro).
A prova de que o filme não é apenas cabeças degoladas, membros decepados e genitais arrancados, está na meditação que ele provoca sobre a mulher de dezenove anos.
No episódio do Bruce Willys, ao sair da cadeia, seu personagem passa dos 50 anos. E reencontra a menina que salvara. Agora, uma mulher de 19 anos. Idade extremamente perigosa. Idade em que a mulher tem o homem que quer, na cama que ela escolhe. Aos 19, exacerba-se a beleza, acentua-se o desejo, eterniza-se a ternura. Uma mulher de 19 anos é capaz de provocar desatinos, desesperos e imolações.
Sobre a cena dirigida por Tarantino pela quantia simbólica de um dólar, dizem que foi exatamente a antológica cena em que Bruce Willys reencontra Nancy no bar.
(Texto de agosto de 2005.)
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