Don't Bring Me Down, um dos singles mais bem-sucedidos da E.L.O., toca no começo e no fim de Super 8. O objetivo, além de homenagear Jeff Lynne e sua troupe, é remeter o espectador aos idos de 1979. Não à toa, talvez, o símbolo da E.L.O. era uma nave espacial. Super 8 trata de um dos temas mais queridos pelo produtor Spielberg: o contato imediato com alienígenas. A história transcorre nos fins da década de 1970 e se concentra na aventura de um grupo de pré-adolescentes que, numa cidadezinha de 12 mil habitantes, resolve realizar um filme de zumbis. Durante a filmagem de uma cena numa estação ferroviária isolada, eles presenciam um acidente espetacular que vai arremessá-los numa inquietante e perigosa investigação. J. J. Abrams, o criador da série Lost, tem ao longo da carreira se caracterizado pelo talento para filmar ação misturada com suspense. Em Super 8, ele consegue passar um clima de paranoia e medo parecido com o de Invasores de corpos, o clássico de 1958. Claro, o roteiro é frágil em muitos aspectos e conta com uma invejável lista de detalhes mal amarrados. Não obstante, como já foi mencionado, sobressai-se a aptidão do diretor em manter o suspense, a despeito das fragilidades do roteiro. E as inter-relações pessoais entre o núcleo de personagens centrais contribuem para tornar Super 8 um bom entretenimento - e, de quebra, uma homenagem à importância dos papais.
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