E deixar que esse prazer se repita ao longo da sessão em muitas cenas?
Existe algum filme que você conheça que tenha aventura, romance, suspense e drama?
Que misture os gêneros de um modo que beira a perfeição?
E de quebra faça
crítica social,
crítica à corrupção,
crítica ao preconceito contra membros de uma religião e seus costumes,
elogio à solidariedade,
elogio à coragem,
elogio à honra e aos valores humanos?
Esse filme existe para mim e chama-se A testemunha, do australiano Peter Weir.
Esse é o tipo de filme ideal para a quarentena.
Que distraia e faça pensar, que suscite emoções à flor da pele.
Que lhe permita ser piegas o suficiente para verter lágrimas pela alegria de revisitar um filme que mora em seu coração.
Primeiro filme da "fase estadunidense" de Peter Weir (que chamou a atenção de Hollywood ao realizar filmes do calibre de O ano que vivemos em perigo, Gallipoli e Piquenique na montanha misteriosa), A testemunha tem como protagonista John Book, interpretado magistralmente (a seu modo inconfundível, que para alguns beira a canastrice, e para outros, é uma mescla de carisma e sex appeal) por Harrison Ford.
E em quais cenas voltei a me arrepiar?
São muitas.
Aquela em que o Lukas Haas identifica o assassino é simplesmente cinema puro.
Nenhuma palavra é pronunciada, a câmera apenas acompanha o olhar de Harrison Ford que num vislumbre percebe a importância do que está acontecendo.
É nisso que A testemunha se sobressai: a maneira quase insana em que um diretor conseguiu unir o "lado comercial" com o "lado artístico".
Não é à toa que A testemunha é considerado um dos melhores e mais significativos filmes que Hollywood produziu na década de 1980.
O australiano Peter Weir é um realizador discreto, que faz seus filmes sem muito alarde, e, dizem os entendidos, não procura deixar "a sua marca registrada" em todos os filmes que faz. Isso não impede que o diretor tenha um ou outro "fã" perdido nesse mundo afora. A propósito, este artigo da IndieWire é uma boa introdução à filmografia deste grande diretor.
Nenhuma palavra é pronunciada, a câmera apenas acompanha o olhar de Harrison Ford que num vislumbre percebe a importância do que está acontecendo.
É nisso que A testemunha se sobressai: a maneira quase insana em que um diretor conseguiu unir o "lado comercial" com o "lado artístico".
Não é à toa que A testemunha é considerado um dos melhores e mais significativos filmes que Hollywood produziu na década de 1980.
O australiano Peter Weir é um realizador discreto, que faz seus filmes sem muito alarde, e, dizem os entendidos, não procura deixar "a sua marca registrada" em todos os filmes que faz. Isso não impede que o diretor tenha um ou outro "fã" perdido nesse mundo afora. A propósito, este artigo da IndieWire é uma boa introdução à filmografia deste grande diretor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem-vindo!