Encerrando a série de 4 posts em homenagem às bravas locadoras que ainda resistem em pleno 2020, nada melhor que um belo exemplo de "cinema-catástrofe" à moda antiga: Aeroporto, o filme dirigido por George Seaton lançado em 1970, com Burt Lancaster liderando o elenco.
Com roteiro mais bem trabalhado que Inferno na torre, outro filme desta série de posts, Aeroporto revela uma série de meandros que envolvem a rotina de um gestor de aeroporto, no caso, Mel Bakersfeld (Burt Lancaster).
O alívio cômico é por conta de Helen Hayes, a velhinha especializada em embarcar clandestinamente em voos internacionais.
Cada filme espelha as preocupações da época. O começo dos anos 70 foi marcado por filmes que mostram a realidade periclitante dos relacionamentos. Em Aeroporto as tramas humanas que permeiam a história principal (a de um homem desesperado que faz seguro de vida e embarca num voo para Roma com a firme intenção de derrubar o avião com uma bomba caseira) envolvem a fragilidade do matrimônio, mostrando nada menos que a iminência de dois relacionamentos extraconjugais.
O veterano roteirista e diretor George Seaton, cuja obra-prima foi De ilusão também se vive (1947, pelo qual ganhou Oscar de Melhor Roteiro), conduz Aeroporto de modo cirúrgico, mas naquele ritmo próprio da época, nada a ver com os filmes de ação "vertiginosos" e "frenéticos" de hoje.
Se você aprecia bons diálogos e a construção dos personagens, não perca tempo e embarque nesse voo. Disponível nas melhores locadoras de sua cidade (em Porto Alegre, na E o vídeo levou; em Passo Fundo, na Zílvia).
POSTS DA SÉRIE "RARIDADES DA ZÍLVIA":
1. O cão dos Baskervilles.
2. Arizona nunca mais.
3. Inferno na torre.
4. Aeroporto.
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