Intrigante documentário que acompanha a fundação de uma empresa de capital chinês nos Estados Unidos, desde a instalação, os oscilantes resultados iniciais, a reengenharia (com a nomeação de um CEO chinês), a votação interna entre as facções pró-sindicato e contra, até a "volta por cima", com a indústria começando a melhorar a lucratividade nos dias de hoje.
É fantástica a maneira aberta como os fatos são mostrados. Os dois lados da moeda aparecem. Novas oportunidades, mas salários menores.
A "estabilidade financeira" vem a duras penas. Pressão por resultados, distância da família.
Uma parte dos colaboradores locais reclama das más condições de trabalho e querem a criação de um sindicato. O dono da empresa diz que se o sindicato for criado, a empresa e todos os funcionários vão sair perdendo.
Claro que a própria escolha do tema (um estudo de caso sobre a evolução do capitalismo em tempos de globalização acirrada) é contundente por si só. Mas os cineastas não caem na armadilha do maniqueísmo.
Não existe um ponto de vista a ser defendido, uma ideologia a ser comprovada.
Esse é o maior diferencial de Indústria americana em comparação a Democracia em vertigem.
Não se agarra a um viés ideológico, não declara que algo é verdadeiro, não quer ansiosamente imputar rótulos a este ou àquele personagem.
Essa capacidade de fazer uma denúncia social e, ao mesmo tempo, saber manter-se relativamente neutro também ajuda a explicar o fato de Indústria americana ter levado vantagem no Oscar. O filme dialoga com mais pessoas, toca mais gente e é compreensível para mais povos mundo afora.
Aqui, os realizadores querem contar a história das pessoas envolvidas sem querer provar uma tese.
Funcionários de ambas as nacionalidades (China e EUA) são retratados; suas aspirações e angústias.
O chinês, dono da empresa de vidros automotivos, também tem um momento no filme para falar um pouco sobre si mesmo.
Assim, a montagem do documentário sabiamente alterna os diferentes pontos de vista, e o resultado é um filme provocante e inspirador.
Em tempo: a Netflix fez um curta em que os realizadores Steven Bognar e Julia Reichert dialogam com Barack e Michelle Obama; recomendo assistir a este curta após ver o filme.
É fantástica a maneira aberta como os fatos são mostrados. Os dois lados da moeda aparecem. Novas oportunidades, mas salários menores.
A "estabilidade financeira" vem a duras penas. Pressão por resultados, distância da família.
Uma parte dos colaboradores locais reclama das más condições de trabalho e querem a criação de um sindicato. O dono da empresa diz que se o sindicato for criado, a empresa e todos os funcionários vão sair perdendo.
Claro que a própria escolha do tema (um estudo de caso sobre a evolução do capitalismo em tempos de globalização acirrada) é contundente por si só. Mas os cineastas não caem na armadilha do maniqueísmo.
Não existe um ponto de vista a ser defendido, uma ideologia a ser comprovada.
Esse é o maior diferencial de Indústria americana em comparação a Democracia em vertigem.
Não se agarra a um viés ideológico, não declara que algo é verdadeiro, não quer ansiosamente imputar rótulos a este ou àquele personagem.
Essa capacidade de fazer uma denúncia social e, ao mesmo tempo, saber manter-se relativamente neutro também ajuda a explicar o fato de Indústria americana ter levado vantagem no Oscar. O filme dialoga com mais pessoas, toca mais gente e é compreensível para mais povos mundo afora.
Aqui, os realizadores querem contar a história das pessoas envolvidas sem querer provar uma tese.
Funcionários de ambas as nacionalidades (China e EUA) são retratados; suas aspirações e angústias.
O chinês, dono da empresa de vidros automotivos, também tem um momento no filme para falar um pouco sobre si mesmo.
Assim, a montagem do documentário sabiamente alterna os diferentes pontos de vista, e o resultado é um filme provocante e inspirador.
Em tempo: a Netflix fez um curta em que os realizadores Steven Bognar e Julia Reichert dialogam com Barack e Michelle Obama; recomendo assistir a este curta após ver o filme.
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