Este post é dedicado aos brasileiros de sangue polonês. É salutar poder assistir a um filme em língua estrangeira, conhecer um país pouco badalado, mergulhar na história e na cultura da quarta maior cidade polonesa, tudo isso embutido num thriller de primeira categoria.
Plagi Breslau em inglês foi intitulado The Plagues of Breslaw. Faz muito sentido. Já no Brasil sempre tem o "jeitinho brasileiro" e alguma sumidade teve a brilhante ideia de "mudar o approach" e inventar um nome mais "chamativo". Mas é preciso reconhecer que o título original contém uma espécie de "spoiler", e o título tupiniquim ficou funcional.
Patryk Vega está fazendo filmes há décadas e, portanto, não é nenhum neófito.
Isso salta aos olhos pelo ritmo desenfreado do roteiro, as cenas econômicas e eficazes.
Às vezes, o pragmatismo chega a ser chocante, mas o cineasta/roteirista polonês abre mão de tudo para que a história ande.
Essa qualidade também pode ser listada como o maior defeito do filme.
Vega não faz questão de "guardar surpresas" para o final, ou de manter o suspense. O que ele quer é que o espectador não abandone o barco e isso ele consegue, pelo modo como a história é construída - e pela metragem relativamente curta.
Essa ideia na mão de um David Fincher renderia um moroso filme de 2 horas e meia.
Nas mãos do polonês Patryk Vega tornou-se um hit instantâneo mundo afora, chamando a atenção para a vasta filmografia do diretor, cujo currículo versátil traz comédias e dramas, sempre centrado em mostrar o que o ser humano tem de mais controverso.
Se você curte filmes de serial killers com uma detetive prestes a explodir, Morte às seis da tarde é o filme ideal para curtir após o expediente.