Guy Ritchie realiza a mais fiel adaptação cinematográfica de Conan Doyle de todos os tempos. Agora sabemos o que ele fez enquanto esteve casado com a Madonna. Leu Conan Doyle de cabo a rabo. Claro, não levem o 'fiel' aqui ao pé da letra. Fiel no sentido de fazer jus à qualidade do original. Ritchie tirou o melhor das páginas e acrescentou a agilidade de seu peculiar estilo cinematográfico. O resultado é um filme de primeira qualidade.
Uma das ideias geniais de Ritchie foi dar ao estupidificado Watson das páginas capacidade de raciocínio e ação. O antes mero e opaco coadjuvante agora é, além de leal, inteligente. A complexa relação dele com Holmes inclui admiração, amizade e até um pouco de ciúmes (principalmente de Holmes em relação a Watson, que está noivo da sem sal Mary Morstan, encarnada por Kelly Reilly). Já Watson parece não se importar com a morena presença de Irene Adler (Rachel McAdams). Talvez porque ela seja mais apaixonada por Holmes do que Holmes por ela.
O plot envolve os atos insanos e inexplicáveis de um maligno praticante de magia negra (Lorde Blackwoo
d, interpretado por Mark Strong), confrarias secretas, conspirações, descobertas científicas, tudo mesclado e costurado numa velocidade alucinante pelos diálogos mínimos e truques de roteiro e edição de Guy Ritchie (nascido em 10 de setembro de 1968), aprimorados desde Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998) e Snatch, porcos e diamantes (2000). Talvez numa análise um pouco menos superficial o enredo tente lidar com a dicotomia razão x imaginação; ciência x sobrenatural; adivinhação x poder dedutivo. Enfim, nada disso é lá muito importante, porque o ritmo das bem-engendradas sequências não permite espaço nem tempo para análises.
d, interpretado por Mark Strong), confrarias secretas, conspirações, descobertas científicas, tudo mesclado e costurado numa velocidade alucinante pelos diálogos mínimos e truques de roteiro e edição de Guy Ritchie (nascido em 10 de setembro de 1968), aprimorados desde Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998) e Snatch, porcos e diamantes (2000). Talvez numa análise um pouco menos superficial o enredo tente lidar com a dicotomia razão x imaginação; ciência x sobrenatural; adivinhação x poder dedutivo. Enfim, nada disso é lá muito importante, porque o ritmo das bem-engendradas sequências não permite espaço nem tempo para análises.Há tempos não se via uma dupla protagonistas tão afiada. Robert Downey Jr. (04.04.1965) como Holmes e Jude Law (29.12.1972) como Watson em seus figurinos impecáveis e charmosos são a própria imagem da fleugma britânica. A fotografia e direção de arte também merecem menção e colaboram para a atmosfera dark e catastrófica do filme.
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