segunda-feira, agosto 01, 2011

Os pinguins do papai


Richard Atwater (1892-1848), jornalista e professor de grego clássico, quando sofreu um ataque de embolia pulmonar em 1934 já havia publicado uma série de livros. Depois do problema de saúde não pôde mais falar nem escrever. Contudo, pouco antes, ele escrevera um manuscrito intitulado Ork! The Story of Mr. Popper's Penguins, supostamente inspirado num documentário sobre a expedição de Richard Byrd à Antártica. Com o marido fora de combate, eis que Florence Atwater (1896-1979) entra em cena para sustentar a família (além do marido, a filha Doris e o filho Carroll) como professora do ensino médio (francês, inglês e latim). Foi dela também a iniciativa de submeter os originais de Mr. Popper's Penguins a duas editoras, que recusaram solenemente. Então Florence, que também dava seus pitacos literários, deu uma recauchutada no texto, tornando-o mais suave e bem-humorado (imagino eu).O fato é que em 1938 a Little Brown publicou a nova versão. O livro emplacou e teve sucesso instantâneo - e duradouro. Recebeu várias láureas literárias e tornou-se um preferido das crianças de várias gerações.
Foi traduzido para inúmeras línguas e adaptado ao teatro.
Agora, com Jim Carrey no papel de Mr. Popper, ganha uma versão cinematográfica.
Não tenho informações sobre quão "fiel" o roteiro do filme é à história do livro; imagino que os roteiristas tenham tomado muitas liberdades. Independentemente disso, sempre uma adaptação fílmica acaba contribuindo para um "revival" do interesse pelo livro, num saudável círculo virtuoso.
O corretor imobiliário sr. Popper tenta reconquistar a ex-mulher Amanda (Carla Gugino) e também ser um melhor pai de Janie (Madeleine Carroll) e Billy (Maxwell Perry Cotton). Neste meio-tempo, tenta convencer a proprietária de um restaurante localizado em pleno Central Park a vender o imóvel. Como se não bastassem os desafios familiares e profissionais, surge(m) outro(s) pequeno(s) contratempo(s): Capitão, Fedor, Dengo, Bicão, Matraca e Lesado, seis adoráveis e personalíssimos pinguins recém-chegados, em duas remessas, diretamente da Antártica.
Em noventa e poucos minutos, Os pinguis do papai se metem numa série de confusões em plena Nova York: passeam no parque, fogem de casa e vão parar numa festa no museu Guggenheim, e, sobretudo, tentam fugir das garras do especialista em pinguins que insiste em levá-los ao zoológico.Jim Carrey é um palhaço nato, o que garante risadas, se não convulsivas, ao menos constantes.Nos créditos os produtores afirmam que nenhum pinguim se machucou nas filmagens, mas que o mesmo não pode ser dito sobre Jim Carrey, que foi "mercilessly bitten".

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