Não é à toa que O homem de palha está na lista do guia 1001 filmes para ver antes de morrer, editado por Steven Jay Schneider.
A trama é muito curiosa e traz elementos evocativos e sensuais.
Um sargento pousa com seu hidroavião numa remota ilha escocesa para investigar o sumiço de uma garota.
Ninguém parece colaborar com a investigação e todo mundo se remete ao proprietário da ilha, o Lorde Summerisle (Christopher Plummer), com uma aura de respeito e estranheza.
O bizarro comportamento do povo local a princípio deixa o investigador intrigado e, com o andar do tempo, perturbado.
Numa famosa e insinuante sequência, a atraente filha do estalajadeiro tenta seduzir o sargento Howie (Edward Woodward) num excruciante jogo de tensão sexual.
Todos os habitantes da ilha parecem levar suas vidas de modo lascivo, o que deixa o pudico sargento, que alega estar noivo e não acreditar em sexo antes do casamento, extremamente chocado.
Um ritual está prestes a acontecer no dia 1º de maio, mas o sargento resolve decolar para buscar reforços.
O homem de palha é um filme bastante gráfico, visualmente forte, e com estofo suficiente para provocar debates.
Acirrados ou não, esses debates ultimamente focam a existência de várias versões, ou "cortes", com os críticos discutindo qual delas é mais eficiente do ponto de vista fílmico.
E qual a versão que eu pude ver?
A que estava disponível, com 92 minutos de metragem.
Comprei em VHS do acervo da Zílvia, locadora passo-fundense, por R$1,00, e mandei converter para DVD por R$25,00.
Alguns dizem que a versão mais curta funciona melhor que as versões estendidas, pois a ausência de algumas cenas ajuda a preservar o suspense e a não entregar as reviravoltas.
Outros dizem que as cenas cortadas desfiguram a obra. Na opinião deles, a versão mais recente, a "Director's Cut", é a melhor, e não atrapalha o plot twist.
Sobre esse debate eu não posso opinar. Sei que a versão do VHS já é suficientemente interessante para justificar toda essa logística.
Trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem-vindo!