Em dezembro último aconteceram dois eventos culturais simultâneos dignos de nota na capital gaúcha, ambos nas dependências do Santander Cultural.
A exposição sobre o poeta Fernando Pessoa alimentou a curiosidade das novíssimas gerações sobre o grande escritor da língua portuguesa.
Paralelamente o cinema do Santander fazia um ciclo garimpando raridades da filmografia de Wes Anderson, um dos cineastas mais talentosos em atividade, que gosta de abordar o tema da inocência.
Aproveitei a oportunidade para ter uma visão mais ampla de sua trajetória. Em posts anteriores, resenhei Viagem a Darjeeling, Moonrise Kingdom e Ilha dos cachorros.
Neste ciclo de dezembro de 2018, assisti a três sessões e nos intervalos pude visitar a interessante exposição sobre Fernando Pessoa.
Do ciclo de Wes Anderson assisti a dois filmes encordoados no sábado (Três é demais e Pura adrenalina) e uma no domingo (O fantástico Sr. Raposo), na companhia da mulher e dos filhos.
TRÊS É DEMAIS (RUSHMORE, 1999)
Narra a vida de um aluno sui generis da escola Rushmore. Ele ama tanto a escola que não quer sair dela. Por isso, envolve-se em um sem-número de atividades paralelas e chefia clubes e mais clubes. Também se torna o diretor de teatro e compõe roteiros e realiza peças originais. Outro fio condutor da história é a paixão que Max nutre pela professora (Olivia Williams) e a amizade que ele cultiva com o pai de dois colegas (Bill Murray). Wes Anderson já começa a definir um estilo.
PURA ADRENALINA (BOTTLE ROCKET, 1996)
O primeiro longa-metragem e, por isso, talvez o mais irregular. Anderson dá sinais de uma genialidade latente e tateante, mas ainda apresenta defeitos formais e no andamento do filme. Com influências dos irmãos Coen (Arizona nunca mais), o filme acompanha os planos malfadados de um trio de amigos de classe média que resolve se dedicar a roubos. Estrelado pelos irmãos Wilson (Owen e Luke), focaliza também o romance de Anthony (Luke Wilson) e a camareira paraguaia Inez (Lumi Cavazos). O filme é a extensão de um projeto homônimo, o curta Bottle Rocket, disponível aqui.
O FANTÁSTICO SR. RAPOSO
Animação inovadora e "exhilarating", de longe o melhor dos três filmes a que assisti no ciclo.
Anderson nos conta a história de uma família de raposas capitaneada por um senhor ladino e cheio de truques, o Sr. Raposo.
Sem dúvida, em termos narrativos e visuais, é um dos pontos altos da exígua, porém rica filmografia de Wes Anderson.
Em tempo: o roteiro baseia-se na obra homônima de Roald Dahl, publicada em 1970.
Bela iniciativa dos curadores da sala de cinema do Santander ao disponibilizar filmes raros de um importante cineasta alternativo.
A exposição sobre o poeta Fernando Pessoa alimentou a curiosidade das novíssimas gerações sobre o grande escritor da língua portuguesa.
Paralelamente o cinema do Santander fazia um ciclo garimpando raridades da filmografia de Wes Anderson, um dos cineastas mais talentosos em atividade, que gosta de abordar o tema da inocência.
Aproveitei a oportunidade para ter uma visão mais ampla de sua trajetória. Em posts anteriores, resenhei Viagem a Darjeeling, Moonrise Kingdom e Ilha dos cachorros.
Neste ciclo de dezembro de 2018, assisti a três sessões e nos intervalos pude visitar a interessante exposição sobre Fernando Pessoa.
Do ciclo de Wes Anderson assisti a dois filmes encordoados no sábado (Três é demais e Pura adrenalina) e uma no domingo (O fantástico Sr. Raposo), na companhia da mulher e dos filhos.
TRÊS É DEMAIS (RUSHMORE, 1999)
Narra a vida de um aluno sui generis da escola Rushmore. Ele ama tanto a escola que não quer sair dela. Por isso, envolve-se em um sem-número de atividades paralelas e chefia clubes e mais clubes. Também se torna o diretor de teatro e compõe roteiros e realiza peças originais. Outro fio condutor da história é a paixão que Max nutre pela professora (Olivia Williams) e a amizade que ele cultiva com o pai de dois colegas (Bill Murray). Wes Anderson já começa a definir um estilo.
PURA ADRENALINA (BOTTLE ROCKET, 1996)
O primeiro longa-metragem e, por isso, talvez o mais irregular. Anderson dá sinais de uma genialidade latente e tateante, mas ainda apresenta defeitos formais e no andamento do filme. Com influências dos irmãos Coen (Arizona nunca mais), o filme acompanha os planos malfadados de um trio de amigos de classe média que resolve se dedicar a roubos. Estrelado pelos irmãos Wilson (Owen e Luke), focaliza também o romance de Anthony (Luke Wilson) e a camareira paraguaia Inez (Lumi Cavazos). O filme é a extensão de um projeto homônimo, o curta Bottle Rocket, disponível aqui.
O FANTÁSTICO SR. RAPOSO
Animação inovadora e "exhilarating", de longe o melhor dos três filmes a que assisti no ciclo.
Anderson nos conta a história de uma família de raposas capitaneada por um senhor ladino e cheio de truques, o Sr. Raposo.
Sem dúvida, em termos narrativos e visuais, é um dos pontos altos da exígua, porém rica filmografia de Wes Anderson.
Em tempo: o roteiro baseia-se na obra homônima de Roald Dahl, publicada em 1970.
Bela iniciativa dos curadores da sala de cinema do Santander ao disponibilizar filmes raros de um importante cineasta alternativo.
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