Django livre
Sul dos EUA, dois anos antes de estourar a Guerra da Secessão. O dentista King Schulz (Christoph Walz) abandona a profissão para se tornar caçador de recompensas. Recruta Django (Jamie Foxx), escravo acorrentado, para ajudá-lo a rastrear e matar três irmãos, feitores de uma fazenda de algodão. A proposta é irrecusável: em troca de sua colaboração, Django ganhará alforria e vinte e cinco dólares por irmão. Schulz gosta da atuação de Django e "prorroga seu contrato" até o fim do inverno, com a promessa de ajudá-lo a resgatar sua esposa Brunhilde (Kerry Washington), cativa na fazenda de Monsieur Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). A ação arrefece e dá lugar a uma série de diálogos e situações tipicamente tarantinianas, em que o realizador explora ao máximo a sua capacidade de expor as piores idiossincrasias, vaidades e artimanhas humanas, capitaneadas pela participação de Samuel L. Jackson como o pérfido escravo Stephen. Em Django livre, cujo título vale como homenagem ao cinema de Sergio Corbucci e ao hoje clássico Django (1966), Tarantino oscila entre o inteligente e o kitsch. Durante a sessão, às vezes, tem-se a impressão de que o diretor "repousa sobre os louros do passado". Ou seja, está displicente, com a certeza de que tudo que fizer será cultuado e incensado. E, às vezes, tem-se a impressão que Tarantino é um autor consumado, que sabe manipular todos os elementos a seu dispor, que sabe alavancar os efeitos catárticos da violência exacerbada - uma das marcas registradas de seus filmes. Em todos os momentos, porém, tem-se uma certeza: Django livre, definitivamente, não é um filme para se levar a sério.
Mulher misteriosa: http://www.cinemablend.com/new/Zoe-Bell-Reveals-Her-Django-Unchained-Secret-35592.html
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