O bom filho à casa torna.
Tudo tem seu tempo.
E nada melhor, nesses dias sombrios que vivemos, dedicar algumas horas por semana, ao longo de algumas semanas, para fazer algo que eu já devia ter feito há muito tempo.
Assistir aos 18 episódios da 3ª temporada de Twin Peaks, criação de David Lynch e Mark Frost.
O que distingue esta série desde as 2 primeiras temporadas é a imprevisibilidade do rumo que a coisa vai tomar.
Só uma coisa é certa em se tratando de Twin Peaks: a pessoa vai assistir a um episódio e já sabe de antemão que será surpreendido com as imagens que verá. Em 2017, quando foi lançado o revival, um artigo no The New York Times comentou que na 2ª temporada Lynch se afastou um pouco da série e agora, na 3ª, o espírito original foi recuperado. O título do artigo poderia ser traduzido assim: "Como Twin Peaks se perdeu, e como se reencontrou".
Desta vez Lynch dedicou-se à direção de todos os episódios, e não apenas alguns salteados; de quebra, encarna Gordon Cole, o agente do FBI com problemas de audição.
Lufadas de inspiração, é o que tive durante esse período de imersão na mente lynchniana.
Tudo na obra dele me atrai, Lynch não menospreza o espectador nunca, está sempre o desafiando a pensar, a analisar, a supor, a montar o quebra-cabeça, a ligar os pontos, a inventar hipóteses, a se identificar com a situação angustiante das personagens, como a do catatônico Dale Cooper.
Atuações estupendas, cenas inusitadas, episódios sensuais, episódios oníricos, episódios violentos.
Onde a ternura e o romantismo encontram o escarro e o bizarro.
Essa é a equação infalível (para mim) de David Lynch.
A maioria dos episódios termina com uma apresentação no palco do Bang Bang Bar, num festival de bandas alternativas legais, como The Chromatics e Au revoir Simone.
Uma jornada e tanto, 18 horas de David Lynch! Um mergulho num tipo de arte que flerta com várias correntes, entre as quais alguém poderia citar o surrealismo.
Símbolos, fios soltos que não precisam necessariamente ser amarrados. Esse é o segredo da obra de Lynch, não é um cineasta para quem gosta de uma "explicação".
Quer tudo mastigadinho, linearidade, pés no chão?
Fique longe de Twin Peaks e David Lynch.
Gosta de ironia, ousadia e originalidade?
Embarque nessa divertida jornada.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
DISCLAIMER OF LIABILITY
Uma vez tentei incentivar um amigo a assistir ao piloto da série, ele viu e ficou muito indignado comigo. Achou sem pé nem cabeça.
Não estou indicando para ninguém, ok?
Ah, mas se eu soubesse de outra pessoa que se divertiu, se emocionou e se questionou tanto quanto eu ao ver aos 18 episódios de Twin Peaks 2017!
Gostaria de conhecer esta pessoa.
Será que ela existe?
Símbolos, fios soltos que não precisam necessariamente ser amarrados. Esse é o segredo da obra de Lynch, não é um cineasta para quem gosta de uma "explicação".
Quer tudo mastigadinho, linearidade, pés no chão?
Fique longe de Twin Peaks e David Lynch.
Gosta de ironia, ousadia e originalidade?
Embarque nessa divertida jornada.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
DISCLAIMER OF LIABILITY
Uma vez tentei incentivar um amigo a assistir ao piloto da série, ele viu e ficou muito indignado comigo. Achou sem pé nem cabeça.
Não estou indicando para ninguém, ok?
Ah, mas se eu soubesse de outra pessoa que se divertiu, se emocionou e se questionou tanto quanto eu ao ver aos 18 episódios de Twin Peaks 2017!
Gostaria de conhecer esta pessoa.
Será que ela existe?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é bem-vindo!