Segundo longa metragem do cineasta capixaba Rodrigo Aragão, A noite do chupacabras marcou a abertura do VII Festival Internacional de Cinema Fantástico - o Fantaspoa - e teve na segunda-feira à noite uma nova sessão no Cinebancários. A sala estava lotada para conferir o novo filme do diretor do cultuado Mangue Negro. Que, por sinal, saudou os presentes antes da sessão e explicou que a versão assistida aqui em Porto Alegre ainda vai sofrer alterações. Também contextualizou o filme numa espécie de "trilogia" que focaliza três ecossistemas diferentes: mangue (Mangue Negro), montanhas com florestas (A noite do chupacabras) e praia (Mar Negro, título provisório do próximo filme).
Carlos Primati, especialista em cinema de horror e host do site Cine Monstro, alguns meses antes da estreia do filme já destacava a importância da hostilidade do cenário para o filme: "Até onde posso falar do CHUPACABRAS, não é muito diferente dos filmes de "horror caipira" estadunidenses,como O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA ou VIAGEM MALDITA: o cenário é um meio do mato hostil, onde habita um monstro selvagem." (http://cine-monstro.blogspot.com/2011/03/noite-do-chupacabras-2011.html#comments). Sem dúvida, a ambientação em meio a trilhas e regatos dá ao filme um clima extremamente sombrio, o que contribui para uma sensação de claustrofobia - não há como escapar daquela selva, daquele monstro, daquela demência que comanda os atos de duas famílias que se odeiam, os Carvalho e os Silva. A saga de ódio familiar é o pano de fundo para o protagonismo da mítica figura do chupacabras. O realizador em uma entrevista declarou sobre a criatura: "Demorou oito meses de estudos e testes com diversos materiais - entre eles a espuma de poliuretano, silicone e látex -, até que encontrei uma fórmula de uma espuma de látex, leve, elástica e resistente o suficiente para dar ao ator a liberdade de movimento necessária para o personagem. Pegamos um molde de corpo inteiro do Walderrama dos Santos [ator que interpreta (?) o monstro] e modelamos a criatura, com mais de 70 chifres". O filme dá os minutos regulamentares de apresentação de personagens até a sequência chave da escatológica briga no bar. Depois disso a bem-humorada carnificina não dá trégua para o espectador. Uma cena surpreendente engata na outra, com direito a inserções de personagens horrendos como o velho do saco.
Mais informações sobre o VII Fantaspoa: http://www.fantaspoa.com/2011/novo/index.php
Mais informações sobre a produção de A noite do chupacabras: http://fabulasn.blogspot.com/p/noite-do-chupacabras.html
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