Filme argentino vencedor da competição Íbero-americana do VII Fantaspoa. A dupla de roteiristas/diretores Fabían Forte e Demian Rugna estruturou o filme em um prólogo seguido de três capítulos. O prólogo se passa em 1979 e faz um link direto com o terceiro capítulo; na verdade, o terceiro capítulo explica e desenvolve as situações suscitadas no prólogo. O capítulo 1 é sobre um matador de aluguel perseguido pela imagem de uma de suas vítimas: um menino inocente. O matador consulta um vidente que lhe diz que a alma do menino só vai descansar se Hugo, o matador, colocar numa caixa o coração do mandante e do comparsa de Hugo. Mas dois corações talvez não sejam o suficiente para aplacar o tormento da jovem alma...
O interessante capítulo 2 trata de um grupo de mulheres virgens que praticam a cafeomancia, processo de ver o futuro na borra do café, que tem raízes na cultura árabe.
Um homem vai consultar as moças (entre elas, a inquietante Gabriela Mocca) e, durante a consulta, a moça vê que ele é o portador de um espírito mau. Assustada, pede para ele se retirar do recinto e consulta a vidente mais experiente, que, por sua vez, consulta o guru já meio caduco. Ele manda trazer um revólver. E acho que chega de detalhes, não é mesmo? Este capítulo é o melhor resolvido em termos de roteiro e o que mais transmite medo, por conta do asqueroso monstro que deseja trucidar todas as virgens.
O capítulo 3 volta ao prólogo para explicar como um policial desapareceu no meio dos anões de jardim. Este capítulo, o mais desconexo e mal explicado, se dá o direito de incluir cenas meio nonsense (quando aparecem os anões de verdade).
No geral, Malditos sejam! revela o bom nível do terror made in Argentina.
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