quarta-feira, maio 01, 2019

Um amor inesperado

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Uma cena hilária e algumas risadinhas esparsas talvez seja pouco para um longa-metragem vendido como "comédia romântica". Às vezes, durante a sessão, o espectador que não é fã de Ricardo Darín fica se perguntando se Um amor inesperado não é um mero veículo para o talento e o carisma do charmoso ator platenho.

Darín interpreta Marcos, casado com Ana (Mercedes Morán). O casal acaba de embarcar o filho rumo à Espanha e fica com a síndrome do "ninho vazio". A análise sobre a estagnação do matrimônio e a inevitável separação para "buscar novas sensações" é bastante sul-americana ao ponto de nós, brasileiros, encontrarmos pontos em comum com nossos hermanos argentinos.

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As cenas engraçadinhas vão se multiplicando, as situações clichês vão se somando, os momentos hilários vão tentando se materializar, mas isso vai depender do olhar de cada um. Às vezes, penso que sou o tipo de pessoa que acha graça quando todos os demais estão quietos, e fica quieto quando a maioria cai na gargalhada.

No frigir dos ovos, Um amor inesperado acaba sendo mesmo um produto para comercializar o talento e capitalizar a fama de Ricardo Darín. 
Pude comprovar isso ao presenciar duas madames tirando fotos ao lado do ícone promocional do filme. Pensando bem, digamos que 70% da plateia era composta por senhoras de meia-idade, fãs de Ricardo Darín.

Isso só comprova o tino comercial do produtor e diretor Juan Vera. Quanto à qualidade intrínseca do filme, as opiniões oscilam entre dois polos opostos, desde o rigoroso crítico Carlos Fernández Rodríguez, que rotulou as ideias do filme de "filosofia barata", até Armando Miranda, que classificou o filme como "inteligente e agradável".



  

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