segunda-feira, abril 15, 2019

Operação fronteira

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Este filme era para ser um blockbuster com Tom Hanks, Will Smith e Johnny Depp, dirigido por Kathryn Bigelow. Mas o filme não saiu do papel e foi engolido pelo mundo do streaming. E nesse mundo, quem não tem cão, caça com gato.

A politizada e engajada cineasta Kathryn Bigelow tornou-se produtora executiva. O pau-pra-toda-obra J. C. Chandor assumiu a direção. O roteiro que enfim transformou-se em filme é assinado por Mark Boal, colaborador assíduo de Bigelow. É dele o roteiro de nada menos que 3 filmes da única diretora a ganhar o Oscar: Guerra ao terror (2009), A hora mais escura (2012) e Detroit (2017).


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O substituto Chandor faz um trabalho honesto com o bom roteiro de Boal, que em essência acaba tratando de um tema palpitante: quanto vale o dinheiro?

A cena em que o grupo de mercenários faz uma fogueira usando cédulas como combustível é emblemática nesse sentido. Eles estão na esdrúxula situação do ladrão que rouba, mas não tem condições de carregar todo o produto do roubo. 

Claro que não é um roubo comum. É a clássica história do "ladrão que rouba ladrão". A "vítima" neste caso é um traficante que oprime a população para enriquecer distribuindo drogas.

Com sua extrema ironia, boas sacadas e elenco discreto, porém eficaz, o que poderia parecer mais um mero filme de ação caça-níqueis acaba se tornando algo mais valioso.

O título original faz menção à região abaixo, que une Colômbia, Peru e Brasil. 




https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/35/Map_of_Leticia_-_1995.jpg

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